O relógio no painel do carro marcava 8h quando estacionei diante da cafeteria. Tinha passado a noite inteira revendo os documentos na pasta sobre os apartamentos.
Escolhi três que poderiam ser perfeitos para Manu e para o bebê, cada detalhe medido como se eu já pudesse visualizar as duas vivendo ali, seguras, longe do inferno que chamava de casamento.
Empurrei a porta de vidro, sentindo o aroma forte de café fresco. Meus olhos percorreram cada mesa, cada canto, mas ela não estava ali. Estranho. Manu não era do tipo que atrasava eu já percebera isso em todos os pequenos encontros que tivemos.
Pedi um café preto, tentando disfarçar a ansiedade, mas meus dedos tamborilavam contra a pasta. Minutos se arrastaram e nada dela. Uma sensação incômoda começou a tomar conta do meu peito, um aperto que só crescia.
Levantei, fui até o balcão e chamei um dos atendentes.
— Com licença… você sabe se Manoela veio hoje? Nós tínhamos combinado…
O rapaz olhou-me com uma expressão apreensiva.
— Ela não ap