Fast Burn + AGE GAP + Bebê secreto + Mocinha Fujona + Segunda Chance Maitê sempre lutou por seus sonhos, mas quando uma proposta ardente e inesperada do CEO Gregório Smith surge em sua vida, tudo muda. O que começa como um acordo improvável, logo se transforma em uma paixão avassaladora. Divididos entre mundos diferentes, eles precisam enfrentar intrigas, segredos de família e uma força maior do que ambos imaginavam: o amor verdadeiro. Mas quando o passado ameaça destruir tudo, Maitê deve fazer uma escolha: proteger seu coração ou arriscar tudo por Gregório. Com emoções à flor da pele, esse é um romance irresistível sobre desejo, sacrifício e a força do amor em meio às adversidades.
Leer másMaitê Bell
Morar em Baltimore. Nunca imaginei como seria fazer isso sozinha. Quer dizer, a cidade tem seu charme, mas me deixou com a sensação de estar em um mundo diferente desde que tive que encará-la de outra forma, principalmente depois de São Paulo. Minha vida virou de cabeça para baixo por causa da mudança repentina dos meus pais para o Brasil, e agora sou só eu aqui. Dona Estela, minha vózinha, adoeceu e eu sabia que não tínhamos muita opção nesse quesito, não podíamos deixá-la sozinha no Brasil e trazer ela para Baltimore? Por Deus... fora de questão. Nós estávamos bem, não me entenda errado, mas a minha família nunca foi rica e a saúde pública fora do Brasil era inexistente, ainda mais... quando se tratava dos EUA. Eu amo a minha vózinha, claro. Gosto dela demais, mas, caramba, ninguém se prepara para uma mudança assim. Só não pirei de verdade porque eu tinha Stayce. Ela é a minha amiga mais leal, daquelas que te faz rir no meio do caos e nunca solta a sua mão.
Depois de algumas semanas no apê novo, menor e em um bairro não exatamente amigável, eu estava decidida a me virar sozinha, mas cá entre nós? Eu estava fracassando nesse trabalho. Ao menos até consegui um emprego no buffet da família da Stayce, um baita alívio. O trabalho ajudava a pagar as contas e ainda me permitia juntar algo para enviar ao Brasil, para a família. Mas claro que, no fundo, meu sonho de faculdade seguia firme — só não sabia ainda como o realizaria em meio a todo esse caos.
Mas agora era fim de tarde e estávamos no sofá do pequeno apartamento quando Stayce, como sempre, começou com a ideia de eu me mudar para a casa dela.
— Sério, Maitê, não precisa ficar aqui sozinha. Meus pais te adoram! — insistiu, me lançando aquele olhar que sabia que eu cederia.
— Fico agradecida, Stayce, de verdade. Mas não quero ser um peso. Vou ficar bem — respondi, tentando soar mais confiante do que estava.
Ela suspirou, claramente prestes a insistir, quando o celular vibrou de novo. Ela revirou os olhos e olhou para a tela.
— De novo, Stayce? — comentei, sem esconder a irritação.
Ela riu meio sem graça.
— É o... você sabe, o Dylan. Ele só quer saber onde estou.
— Tá, mas isso não cansa? Ele te manda mensagem a cada minuto, parece até que tá te monitorando.
— Ah, ele só é preocupado demais — ela murmurou, encolhendo os ombros.
Não consegui segurar o comentário.
— Preocupado demais ou controlador demais? Amiga... até “preocupação” deveria ter limite.
Ela parou e ficou pensativa, e eu quase me arrependi de ter falado. Mas a verdade é que nunca fui com a cara dele. Por um momento, pensei que ela ia responder algo mais sério. Mas não. Ela soltou uma risadinha forçada e balançou a cabeça.
— Que nada, Maitê, ele só se preocupa comigo... Acho fofo, na verdade.
Engoli o comentário que subia na garganta. A última coisa que eu queria era irritá-la. Além disso, ela realmente parecia acreditar nisso. E quem era eu para querer “salvar” alguém que não quer ser salvo?
— Bom, só sei que se eu fosse você, não ia achar tanta graça. Mas tudo bem, cada um sabe de si, né?
Ela deu de ombros, sem realmente responder. Ficamos em silêncio por um tempo, eu olhando para o teto, pensando na bagunça que tinha se tornado a minha vida e Stay, claro, ignorando o quão problemático esse relacionamento dela era.
— Então, vai mesmo começar a faculdade ano que vem? — ela perguntou, mudando de assunto antes que eu tivesse coragem de falar alguma coisa, e eu suspirei.
Eu senti o peso dessa decisão. O sonho de estudar arquitetura estava ali, mas era quase impossível agora com a situação financeira da minha família. Eu queria ajudar minha avó, queria guardar dinheiro, queria fazer tudo ao mesmo tempo, mas sentia que não estava conseguindo nada. Me sentia estagnada.
— Eu quero. Mas... — hesitei, tentando disfarçar a frustração. — Ainda falta muito. Quero guardar o máximo de dinheiro que conseguir, talvez eu consiga entrar no segundo semestre. Vamos ver.
Stayce me olhou, com aquele jeito meigo dela, tentando encontrar uma palavra certa para me consolar, mas que não soasse como piedade. No fundo, eu sabia que ela queria me ajudar de todas as formas possíveis.
— Você vai conseguir, Maitê. Não importa o quanto demore, você sempre consegue o que quer. Nunca vi alguém mais teimosa!
Eu sorri e joguei uma almofada nela, rindo.
— Quem é teimosa aqui é você, tentando me convencer a morar na sua casa!
Ela riu alto e me devolveu a almofada, o que transformou o meu pequeno apartamento em um campo de guerra de travesseiros. Por alguns minutos, o peso das responsabilidades desapareceu e era só eu e minha amiga, como nos velhos tempos. Mas, claro, o celular dela vibrou de novo.
Ela o pegou, olhando para a tela, e a expressão no rosto dela mudou. Ela parecia desconfortável.
— Deixa eu adivinhar — falei, jogando mais uma almofada. — Seu namorado está com ciúmes de um travesseiro agora?
Ela olhou para mim, sem graça, e eu fiquei séria. Estava na hora de ser honesta.
— Stayce, você sabe que se algum dia precisar, eu estou aqui pra você, né? Tipo... de verdade. Sem brincadeira agora.
Ela hesitou, e por um momento eu achei que ela fosse dizer algo importante. Mas, em vez disso, ela sorriu e fez um aceno com a mão.
— Eu sei, Maitê. Obrigada. Mas, sério, eu tô bem.
Aquela era a resposta que eu esperava, mas não a que eu queria. Às vezes, sentia que ela escondia muito de mim. Algo sobre aquele relacionamento parecia... errado. E eu só queria que ela visse o que eu via.
Me levantei, tentando disfarçar o desconforto e a frustração.
— Bom, já que você tá bem, acho melhor a gente ir dormir, né? Amanhã tem o meu primeiro evento do buffet oficialmente, até agora só trabalhei nos bastidores, e eu não quero parecer um zumbi.
Ela riu, assentindo, e eu me senti um pouco melhor. No fundo, apesar das inseguranças, dos medos e da saudade de casa, ter Stayce por perto era uma dádiva. Talvez a vida estivesse me preparando para ser mais forte do que eu imaginava.
Mason LionO som do motor do meu carro era a única coisa que quebrava o silêncio enquanto eu dirigia pela estrada. As árvores passavam em um borrão verde, mas minha mente estava fixada em algo — ou melhor, alguém.Stayce.Já fazia meses desde o casamento de Maitê e Gregório, e embora tudo parecesse perfeito na vida deles agora, eu não conseguia me afastar do pensamento de que havia algo inacabado na minha própria vida.Tudo começou naquela noite, no casamento. Eu e Stayce havíamos bebido demais, e o resultado foi algo que eu nunca tinha planejado, mas que não conseguia tirar da cabeça. Nós dois nos entregamos a um momento de paixão que parecia tão certo, mas desde então, ela vinha me evitando como se aquilo nunca tivesse acontecido.Ela havia terminado com o ex dela alguns anos antes do casamento, e eu sabia o quanto aquilo tinha sido difícil. Ele era um completo idiota, alguém que a fazia se sentir pequena, como se ela não fosse digna de algo melhor. Só de pensar no que aquele cara f
Maitê BellO casamento tinha sido maravilhoso e a lua de mel tinha sido deixada para depois por conta da gravidez. Stayce, que tinha vindo direto para o Brasil para ser minha dama de honra e madrinha, foi embora uma semana depois. Eu queria muito ter tido mais tempo com a minha amiga, mas eu entendia que ela tinha seu próprio tempo... e só de saber que ela já havia acabado com aquele babaca que ela namorava antes, eu me senti infinitamente melhor. Agora, a luz suave do sol invadia o quarto enquanto eu olhava para meu reflexo no espelho. Minha barriga, grande e redonda, parecia ser o centro do universo naquele momento. O bebê estava quase chegando, e com ele, uma nova fase da nossa vida.Passei a mão suavemente pela barriga, sorrindo ao sentir o pequeno movimento do meu filho. Era uma sensação única, indescritível. A emoção de saber que logo ele estaria em meus braços misturava-se com o turbilhão de pensamentos sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos anos.O casamento havia sid
Gregório SmithO sol brilhava com força naquele dia especial. O céu limpo, sem nuvens, parecia ser um bom presságio. Tudo tinha sido cuidadosamente planejado, cada detalhe ajustado para que o casamento fosse perfeito. E agora, aqui estávamos, no ponto culminante de uma história que começou de forma inesperada, mas que nos levou a um amor que desafiou todas as probabilidades.Eu estava em pé no altar, ajustando minha gravata pela terceira vez, mesmo que ela já estivesse perfeitamente alinhada. A ansiedade não vinha do medo, mas de uma emoção tão intensa que parecia estar transbordando.Meus olhos percorriam a igreja decorada com elegância. As cadeiras estavam enfeitadas com laços de seda branca e flores em tons pastel. O aroma das rosas preenchia o ar, misturando-se com o murmúrio suave dos convidados.À frente, a mãe de Maitê estava sentada com expressão de puro orgulho. Sua avó, que parecia mais saudável do que nunca, estava sorrindo de forma tranquila, segurando as mãos de uma das c
Maitê BellOs dias no hospital foram longos, mas finalmente eu estava em casa. Era estranho como algo tão simples, como o cheiro familiar do meu travesseiro ou o som dos passarinhos na varanda, podia me trazer tanta paz depois de tudo que aconteceu.Gregório estava sempre por perto, cuidando de mim com uma dedicação que eu nunca tinha visto antes. Ana Clara corria pela sala, sempre trazendo um sorriso para o meu rosto, e agora, com a notícia de que nosso pequeno milagre estava a caminho, eu sentia que a vida estava se ajeitando novamente.Levou algum tempo para que meu corpo começasse a se recuperar por completo. Eu ainda sentia algumas dores e me cansava facilmente, mas, aos poucos, as coisas voltavam ao normal. Mais importante do que isso, minha mente estava finalmente tranquila. Ou pelo menos, foi o que pensei até a polícia ligar.Gregório estava na cozinha, fazendo uma bagunça com Ana Clara enquanto tentava preparar um almoço improvisado, quando o telefone tocou.— Alô? — atendi,
Gregório SmithAcordei cedo naquela manhã, ou pelo menos achei que tinha acordado. A verdade é que nem me lembrava da última vez que realmente dormi. Desde o acidente de Maitê, o tempo parecia ser um borrão de esperas intermináveis e momentos sufocantes de pânico.Ela ainda estava lá, conectada a fios e monitores, sua respiração constante sendo a única coisa que me mantinha minimamente estável. Mas hoje parecia diferente. Havia algo no ar, uma sensação que não sabia se era esperança ou medo.Estava sentado ao lado da cama dela, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos juntas em um gesto quase de oração. Desde que nos trouxeram para este hospital, eu não conseguia sair do lado dela. Ana Clara estava com os avós, bem cuidada, mas meu coração estava inteiro aqui.Olhei para o rosto dela, tão calmo, tão pacífico. Era quase cruel vê-la assim depois de tudo o que tinha acontecido.Por favor, Maitê, pensei, segurando sua mão com cuidado. Acorde. Fique comigo.Então, como se minhas pal
Gregório SmithO telefone caiu da minha mão e o som de vidro quebrando ecoou pelo chão do escritório. O grito de Maitê ainda estava na minha cabeça, repetindo como um eco torturante:— Eu não consigo frear!Meu coração estava disparado e minhas pernas pareciam não querer obedecer. Peguei o telefone novamente, tremendo, tentando ligar de volta. Não havia resposta depois do barulho do acidente.— Mason! — gritei, minha voz ecoando pelo escritório.Eu tinha deixado Ana Clara na casa dos avós e depois de tudo, Mason tinha vindo ao Brasil para me ajudar e também para que eu pudesse assinar alguns papéis pendentes antes de resolvermos de vez a situação, afinal, eu pretendia transformar ele no CEO das empresas Smith, no meu lugar.Ele entrou na sala em segundos, assustado com o tom da minha voz.— O que houve, senhor?— Chama uma ambulância! Agora! — berrei, enquanto já me dirigia para a porta.— Para onde?Parei no meio do corredor, tentando organizar meus pensamentos. Ela estava dirigindo
Último capítulo