Gregório Smith
O telefone caiu da minha mão e o som de vidro quebrando ecoou pelo chão do escritório. O grito de Maitê ainda estava na minha cabeça, repetindo como um eco torturante:
— Eu não consigo frear!
Meu coração estava disparado e minhas pernas pareciam não querer obedecer. Peguei o telefone novamente, tremendo, tentando ligar de volta. Não havia resposta depois do barulho do acidente.
— Mason! — gritei, minha voz ecoando pelo escritório.
Eu tinha deixado Ana Clara na casa dos avós e depois de tudo, Mason tinha vindo ao Brasil para me ajudar e também para que eu pudesse assinar alguns papéis pendentes antes de resolvermos de vez a situação, afinal, eu pretendia transformar ele no CEO das empresas Smith, no meu lugar.
Ele entrou na sala em segundos, assustado com o tom da minha voz.
— O que houve, senhor?
— Chama uma ambulância! Agora! — berrei, enquanto já me dirigia para a porta.
— Para onde?
Parei no meio do corredor, tentando organizar meus pensamentos. Ela estava dirigindo