A lua já começava a se esconder atrás das nuvens quando Allan e Luna chegaram a uma cabana antiga, escondida entre as árvores. Mérida ficou do lado de fora, dando-lhes privacidade. Luna estava inquieta, olhando para o curativo improvisado no ombro de Allan.
 — Você precisa de um médico — disse ela, com preocupação nos olhos.
 Allan balançou a cabeça. — Eu me regenero rápido. O ferimento já está quase fechado.
 Luna o observou em silêncio. Ali, naquela penumbra suave, com o som dos grilos ao fundo e o cheiro amadeirado do lugar, ela sabia que algo grande estava prestes a acontecer. E não era só o que ele era… era o que ela era também.
 — Allan... — sua voz saiu suave — quem é você de verdade?
 Ele suspirou. Caminhou até uma cadeira rústica e se sentou, convidando-a a se aproximar.
 — Está pronta para ouvir o que talvez mude tudo entre nós?
 Luna sentiu o coração bater mais forte. Mas não recuou.
 — Estou.
 Allan a olhou nos olhos e começou.
 — Eu sou um Alfa Supremo. O último da minha