O sol mal tinha nascido quando o celular de Gabriela vibrou.
“Parabéns, Gabriela! Você foi aprovada! Seja bem-vinda à equipe da Escola Semente Viva. Esperamos por você segunda-feira.”
Ela sorriu sozinha no meio da sala, abraçando Manu ainda sonolenta.
Não era só um emprego.
Era um novo começo.
Era um sopro de Deus em meio ao caos.
Pegou o celular e, sem pensar muito, mandou uma mensagem para Miguel:
“Obrigada. Por acreditar em mim antes mesmo de me ouvir. Aceitei. Segunda-feira estarei lá.”
A resposta veio segundos depois:
“A escola ganhou. E eu também, de certa forma.”
Gabriela sentiu o coração acelerar. Tinha algo nas palavras dele que invadia as frestas de onde ela mais tentava se proteger.
Mais tarde, os dois se encontraram sem combinar — no mesmo café da esquina.
Era como se algo invisível os puxasse um para o outro.
— Achei que você só tomava café quando precisava pensar — disse Miguel, brincando.
— E eu achei que você só aparecia quando o dia ficava nublado.
— Então... hoje est