Gabriela tentou se convencer de que aquilo era só um pesadelo mal feito.Mas era real.Daniel estava de volta. Não como um arrependido do passado. Não como alguém que veio pedir perdão.Ele voltou como noivo da mãe dela.A mãe parecia encantada. Cega. Como se os anos tivessem apagado tudo que ele fez com Gabriela. Ou pior: como se nunca tivesse se importado.Nos dias seguintes, os convites começaram. Almoços, jantares, reuniões, “em família”.Gabriela recusava um por um.— Vai ser bom pra Manu ter mais contato com a avó — dizia a mãe, insistente.— Não quero expor minha filha a confusão — respondia Gabriela, firme. Mas por dentro, despedaçada.Uma tarde, Gabriela saiu da escola e buscou Manu na creche. Ao chegar em casa, encontrou um bilhete em cima da mesa da cozinha.“Levei a Manu para passear no parque com Daniel. Relaxa. Vai fazer bem pra ela. Bjs, mãe.”O sangue de Gabriela gelou.Sem pensar, pegou a bolsa, trancou a porta e saiu correndo. O parque ficava a três quadras dali, e o
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