Esta é uma história spin-off da Trilogia Valente. Também disponível na plataforma. Quase seis anos após a morte de seu marido, Maya se encontra em uma encruzilhada emocional. Enquanto tenta reabrir seu coração para um novo amor, ela se vê dividida entre suas próprias necessidades e a lealdade ao seu falecido esposo, seu primeiro e único Dominador. Quando cartas começam a aparecer, deixadas por Victor, ela se vê confrontada com suas próprias emoções e desejos ocultos. Enquanto isso, no hospital onde trabalha, Maya conhece o charmoso e odioso Dr. Gutierrez, um homem que ela inicialmente despreza. No entanto, uma descoberta inesperada durante um evento peculiar revela um segredo compartilhado: ambos são praticantes do BDSM. Ela, uma submissa tentada em se entregar novamente. Ele, um Dominador em busca de algo mais que prazer.
Ler maisEste livro é um spin-off e já está concluido, embora por erro da plataforma não esteja marcado como tal.
MayaPela janela, eu observava a chuva fina cair sobre o asfalto. Enquanto abotoava minha camisa, olhei as horas no relógio de pulso: quatro da manhã. O céu ainda estava escuro, e boa parte de Seattle dormia, assim como o homem atrás de mim, que se mexeu na cama. Aproximei-me dele e observei-o ressonar. Isaac é bonito e tem um corpo de dar água na boca. Ele é um eterno romântico, daqueles que te ligam no meio do dia só para ouvir a sua voz e te mandam flores sem motivo algum. Também é um grande cavalheiro; abre a porta do carro, puxa a cadeira no restaurante e só se senta depois de você. Um homem dos sonhos de qualquer mulher. Menos do meu, e eu lamento por isso.
Eu não conseguia amá-lo, embora tivesse tentado muito. Minhas amigas com certeza me chamarão de estúpida quando eu contar que acabou. Elas jamais entenderiam o que eu preciso em um homem, embora ainda não me sinta verdadeiramente pronta para o que a minha alma submissa necessita. No entanto, não posso mais me enganar com ele, porque isso também é enganá-lo. Eu sei que algum dia estarei pronta para me submeter novamente e ser de alguém, mas ser um Dominador é algo que ele não pode, mesmo se eu implorasse. Não está em sua essência dominar alguém.
Tentei por quase um ano me acostumar a ser uma namorada "normal" em um relacionamento baunilha, mas me senti sufocada e aprisionada dentro do meu próprio corpo e desejos. Não estou feliz. Não me sinto completa. E por isso não posso mais demorar para deixá-lo. Eu preciso partir. Sei que ele sofrerá, porque me ama, mas não posso mais fazer isso. Isaac merece mais do que consigo dar a ele. E eu não mereço ser reprimida por mim mesma.
— Por que não se deita comigo, só mais um pouquinho? — sussurrou ele, sonolento e rouco, abrindo um pouco dos olhos em seguida.
— Preciso estar no hospital em uma hora. — Sentei-me na beirada da cama. Ele segurou minha mão, acariciando meu dorso com seu polegar. Meus olhos se encheram de lágrimas e um doloroso nó se formou na garganta. Apertei levemente sua mão encarando-a fixamente. Senti um pouco de medo em olhá-lo nos olhos.
— Vai me deixar, não é? — perguntou, atraindo meu olhar até o seu. — Há dias sinto que quer ir embora. Existe algo que eu possa fazer para que não vá?
— Não — sussurrei, sentindo lágrimas descerem pelo rosto. Eu não queria chorar, mas não conseguia ter controle.
Isaac soltou minha mão e sentou-se.
— O que falta em mim?
— Não falta nada. Eu sou o problema. Você será perfeito para outra pessoa.
Ele riu com desgosto.
— Quero ser perfeito para você, Maya.
Tocou meu rosto, secando as lágrimas que escorriam lentamente pelas minhas bochechas.
— Acontece que eu não sou como as outras mulheres. Existe uma parte de mim que precisa de mais do que você pode oferecer. Eu desejei muito que essa parte desaparecesse, que fosse embora. Acredite, eu tentei. Mas ela ainda está aqui. Não posso partir minha alma em duas.
Seu olhar era confuso.
— Embora eu não esteja te entendendo, saber que não consigo ser o que a mulher que eu amo precisa, dói.
— Por isso não posso mais ficar. Não quero que se sinta mal quando o problema definitivamente não é você.
Ele assentiu, abaixando a cabeça, triste.
— Eu tenho que ir.
Beijei o topo de seus cabelos e me levantei, indo até a poltrona onde peguei meu casaco e a bolsa. Rapidamente ele se colocou de pé, vindo até mim, parando logo atrás.
— Não vá — suplicou. Suas palavras saíram cheias de dor ao mesmo tempo que suas mãos tocaram meus ombros, os apertando levemente.
Fechei os olhos, respirando fundo.
— Adeus, Isaac.
Não tive coragem de olhá-lo novamente. Apenas saí dali, fechando a porta logo atrás de mim. Desci os degraus vagarosamente, enquanto vestia o casaco. Ao chegar na sala, observei uma última vez o cômodo. Tivemos alguns bons momentos ali. Após ter pago aquela garrafa de vinho para mim há dez meses, viemos para sua casa e aquela foi a primeira vez que transei desde o início do meu luto persistente. Bem ali, naquele sofá amarelo ridículo. Foi bom, mesmo que eu sentisse falta de algo mais. Naquele momento, tive minha carência saciada e seu romantismo me acalentou de maneira que nem sabia estar precisando. Mas agora, acabou.
Abri a porta e senti sua aproximação, descendo a escada em silêncio. Escutei seus passos pararem no último degrau. Acho que, no fundo, ele esperava que eu não fosse e que voltasse atrás com minha decisão. Mas isso não aconteceria. Saí e andei calmamente pela esteira de pedras até meu carro, estacionado em frente à casa. Entrei e recostei-me no banco, sentindo uma pequena sensação de alívio me invadir. E, em seguida, senti-me horrível por isso.
Liguei o motor e segui o caminho para o hospital. Ao entrar no estacionamento, uma moto me ultrapassou em alta velocidade, entrando e estacionando na vaga que era reservada para mim. Freei o carro e encarei aquilo, incrédula. Havia meu nome escrito no chão. Quem é o folgado pilotando a Harley-Davidson, que parou ali como se não tivesse me visto prestes a estacionar naquele lugar?
— Eu não acredito nisso! — disse irritada, parando o carro em frente à vaga e descendo em seguida. — Com licença — chamei sua atenção.
Ele desceu da moto e virou para mim, retirando o capacete em seguida. Nunca o havia visto antes na vida.
— Este estacionamento é para os funcionários do hospital! — Tentei usar um tom educado, embora quisesse muito gritar com ele. Eram quase cinco da manhã, havia dormido apenas seis horas naquela noite, estava sem cafeína e tinha terminado meu namoro quarenta minutos atrás.
— Eu sei. Por isso parei aqui — respondeu, aproximando-se.
— E quem é você? — Já não fui mais tão educada.
Ele é cego, porra?! Meu nome está ali!
— Eu sou o doutor Gutierrez, cirurgião plástico. — Estendeu a mão para mim. — Você é enfermeira aqui?
Estreitei os olhos para ele. Caras como o Gutierrez, principalmente os que são cirurgiões plásticos, tratam enfermeiras como lixo e acham que qualquer mulher dentro do ambiente hospitalar é uma enfermeira, deixando assim claro seu pensamento machista de que mulheres não podem ser médicas e que a enfermagem está sempre abaixo dele, merecendo menos. Mas não aqui, meu caro. Não no meu hospital!
— E se eu for?
Ele recolheu sua mão ignorada por mim.
— Quem sabe terá a chance de instrumentar comigo.
O folgado piscou para mim e saiu andando em direção à entrada principal do hospital.
MayaSeis anos depois...— Essa é a última mala? — Augustos perguntou para Mary, que assentiu.Ele a ajeitou na traseira do seu carro e fechou o porta-malas.Mary se virou para mim, que estava de pé logo ali, ao lado do carro, e sorriu com tristeza. Ela abraçou-me apertado, beijando o meu rosto.— Você vai ficar bem? — perguntou.— Vou, sim.Afastou-se, me olhando com receio.— Não preciso ir para a faculdade agora, mãe — disse com pesar.Mary estava sentindo muito em ter que me deixar. E eu sentia dor em ter que deixá-la ir. Estava sendo difícil me despedir dela e de Louise, que havia partido para Oxford há uma semana.— De jeito nenhum. — Acariciei a sua face.— Eu te amo — disse ela, abraçando-me outra vez.— Eu te amo, querida.Beijei o seu rosto, e ela se afastou.— A gente cuida dela — disse Mateo, abraçando a irmã pela cintura.— Eu sei que irá.Adrian se aproximou dela. Mary se abaixou à sua frente. O garotinho de três anos estava cabisbaixo. Entre ele e Mateo, ele com certeza
GusAssim como já havíamos percebido, Mateo tinha pressa em conhecer o mundo. As sete semanas se resumiram em cinco. As contrações começaram no meio da noite, acompanhadas de um sangramento preocupante, em um dia que eu estava em Portland para um seminário. Carson mandou que o helicóptero do hospital fosse me buscar enquanto Maya era levada por Teddy para o hospital. Quando enfim cheguei, ela já estava no centro cirúrgico. Eu me preparei e entrei. Fiquei todo o tempo ao seu lado. Não houve choro quando o pediatra anunciou que Mateo já havia sido retirado. Maya encarou o teto e apertou com mais força a minha mão, enquanto lágrimas desciam as têmporas.Beijei a sua testa e permaneci com os lábios em sua pele. Fechei os olhos, concentrando-me, e fiz aquilo que aprendi quando ainda era uma criança: rezar por um milagre de Deus.Então, em um instante, nossos ouvidos foram preenchidos por um choro agudo e forte. Maya e eu respiramos imensamente aliviados. Olhei em seus olhos, percebendo a m
GusAbri a porta de casa e logo os meus ouvidos se encheram com a discussão acalorada que acontecia entre Mary e Louise. O motivo do desentendimento era uma saia, a qual pertencia a Mary e Louise a usou sem a sua permissão.Pendurei o casaco no hall de entrada e retirei os sapatos. Passei por elas na sala de estar, sem me intrometer na briga de pré-adolescentes, e caminhei em direção à cozinha, onde Maya cortava legumes sobre a bancada.— Há quanto tempo está rolando essa briga?— Que briga? — ela perguntou, sorrindo.Parei logo atrás dela e repousei a mão na sua cintura, beijando o seu rosto em seguida.— Aquela onde duas garotas de doze anos brigam por uma saia.— Eu não estou ouvindo nem uma briga — falou em um tom humorado.Ri. Às vezes é mais fácil ignorar certas discussões das meninas do que se intrometer nelas. Maya era muito boa em fazer isso.— Okay. Então eu também não ouço nada. — Abracei-a.— Como foi o dia?— Cansativo. Passei as últimas sete horas em cirurgia. Não sinto
Maya— É o Augustus! — anunciou Mary.Ao caminhar pelo corredor, olhei em direção à entrada. A figura alta, morena e imponente do cara mais irritante surgiu ao passar pela porta. Ele olhou para mim e sorriu. Eu sorri de volta, sentindo o meu coração bater forte e quente outra vez.— Estão prontas? — ele perguntou.— Estamos.Entramos no carro e dirigimos em busca da nossa árvore de Natal. Depois de comprá-la, levamos para casa e a decoramos, juntos. Louise surgiu com novas fotos, nas quais estava Gus. Penduramos todas elas e, então, colocamos a estrela no topo.Quando a noite chegou, Augustus levou-me para jantar. Mas, antes de chegar no local, ele vendou-me. Ao chegarmos, ajudou-me a caminhar, alertando sobre os obstáculos no caminho. Subimos alguns degraus e depois caminhamos um pouco mais. Eu já estava levemente tonta.— Onde estamos indo, Gus? — perguntei.— De repente não confia mais em mim de olhos vendados?Ri.— É claro que confio. Só estou ansiosa. Achei que íamos comer, esto
GusDeixei a vibração leve por um tempo. No começo, parecia gostar. Depois, ela logo se deu conta de que com tão pouco atrito, não conseguiria gozar e isso a gerou frustração. O seu olhar mudou e a inquietação se tornou mais intensa. Ela também começou a perceber que quanto mais se mexia, mais os laços nas coxas se apertavam. Maya gemia em plena agonia.Aumentei duas vezes a velocidade, vendo sua face relaxar e os lábios esboçarem um sorriso. Os gemidos se tornaram mais altos. Mas, novamente, ainda não era o suficiente para um orgasmo.Olhando cheia de súplica, ela implorou por mais. Aumentei novamente a vibração e ela começou a se contorcer. Os dedos dos pés se contraíram e ela logo gozou, quase aos gritos. Com mão livre, acariciei meu pau que latejava louco para entrar nela.Maya olhou-me, esperando que eu desligasse o vibrador, mas não fiz. Elevei a vibração ao último nível, fazendo-a gritar de verdade. Após o orgasmo, o clitóris fica sensível. E se um homem souber como, ele está a
GusSegui para o quarto onde no armário apanhei um rolo de corda vermelha e um chicote preto de cabo rígido e ponta de couro. Ao retornar para a sala, a encontrei de pé, sem o sobretudo. Ela estava linda de morrer com um lingerie delicada e meias com sinta liga, calçando saltos extremamente finos e altos. Mas havia me desobedecido.Aproximei-me dela, jogando a corda sobre o sofá. Apanhei a ponta da guia e enrolei-a toda na minha mão, puxando Maya na minha direção, mantendo a minha submissa em rédeas curtas. Encarei-a com firmeza e ela sustentou o meu olhar. Desafiadora. Gostei.— Por que me desobedeceu, cadelinha?— Desculpe, meu Senhor.— Será punida por isso. — Seus olhos brilharam ansiosos. — Vire-se de costas e apoie as mãos nos joelhos! — Usei um tom mais rude.Soltei a guia e ela obedeceu-me imediatamente. Sua bunda é linda. E com certeza a foderei mais tarde.Sem esperar mais, ergui o chicote e desferi-o contra a sua nádega, usando de toda a força que possuía no braço. Ela grun
Último capítulo