Maya
Estávamos em um momento de descanso e descontração até que alguém parado na porta, segurando uma bandeja, chamou a minha atenção. Meus olhos se encontraram com os de Gutierrez. O canto do seu lábio se ergueu em um sorriso um tanto provocativo e ele caminhou na nossa direção. Olhei para o copo de café que tinha nas mãos e respirei fundo, revirando os olhos.
— E aí, pessoal? — perguntou ele, sentando-se na cadeira vazia ao meu lado.
Novamente o seu perfume entranhou no meu nariz.
— Ainda não tivemos a chance de ser apresentados — disse um dos homens à mesa.
— Sorte a sua — falei, baixinho.
Senti os olhos de Gutierrez em cima de mim.
— Ainda não perdoou ele por ter estacionado na sua vaga? — perguntou June.
— Perdoar inconveniência é algo muito complicado. — Olhei para Augustus.
Ele sorriu.
— Eu não sabia que a vaga era sua.
— O meu nome estava escrito nela. Não sabe ler, doutor?
Alguém à mesa deixou escapar um risinho.
Os olhos de Gutierrez estreitaram para mim.
— Então está me tra