Villano, vestindo um pijaminha de dinossauro, está sentado no balcão com farinha no nariz. Unirian tenta fazer panquecas, mas Villano insiste em “ajudar” jogando gotas de massa por todo lado. Dante entra na cozinha e vê a bagunça — e começa a rir.
— Isso aqui é um crime alimentar ou uma aula de química? — ele pergunta, rindo.
Unirian, com farinha no cabelo, responde:
— É amor com gosto de manteiga e caos.
Dante se junta a eles, pega Villano no colo e o faz voar como um avião. O menino ri alto, soltando gritos de pura felicidade. O som é leve, a cozinha cheira a café fresco e infância.
Do batente da porta entreaberta, Elena observa.
Dante gira Villano no ar, e Unirian ri de boca cheia de farinha. Há caos, mas há afeto real. Uma criança feliz, dois adultos cúmplices.
Elena encosta o ombro na parede. Um leve sorriso tenta nascer, mas morre.
“Era isso que podia ter sido meu…”— pensa.
Os dedos apertam o tecido do vestido. Um nó na garganta. E o gosto agridoce da inveja: do amor que e