Dante mal tocava na comida. A mão repousava sobre a mesa, os dedos às vezes encontrando os dela de forma instintiva. Ele não precisava mostrar autoridade ali, ele era a autoridade.
Durante uma proposta mais agressiva de expansão internacional, um dos sócios sugeriu um “acordo menos ortodoxo” com uma das concorrentes russas. Foi nesse momento que Unirian, serena, olhou para o homem:
— Quer propor um acordo com quem tentou sequestrar a equipe de segurança da sede de Berlim mês passado?
O silêncio foi absoluto.
O sócio engoliu em seco.
— Eu… não sabia que a senhora…
— Não sou sua senhora. Mas sou mais bem informada do que parece.
Dante sorriu. Lento. Letal.
— Ela não está aqui só para comer, senhores. Ela está aqui para ouvir… e lembrar. E se for preciso, decidir.
Depois disso, ninguém ousou questioná-la novamente.
E quando o almoço terminou, todos apertaram a mão de Dante com respeito… mas olharam Unirian com temor. Não pelo que ela dissera — mas pelo que ela representava.