— Ai, meu Deus! — disse Natasha, apavorada. — Me desculpa! Tá muito quente? Oh Deus… Espera, eu vou limpar isso! Eu juro que não foi de propósito, eu só queria ajudar! Você tá bem? Ai, que desastre! — O rosto dela estava vermelho, lágrimas contidas em seus olhos.
Ela tentava limpar o tecido com um guardanapo, completamente sem jeito, enquanto ele mantinha os braços ligeiramente erguidos, tentando evitar o contato. A camisa estava manchada e o constrangimento… espalhado pela mesa inteira.
— Por Deus, Natasha — a voz de Luka cortou o ambiente como uma faca. — Chega.
O silêncio que se seguiu foi brutal.
Ela recuou imediatamente, os olhos marejados e as bochechas em chamas. Sentou-se de volta ao meu lado, o rosto virado para o prato, como se pudesse se esconder no meio das frutas.
Tentei sorrir para ela, um daqueles sorrisos cúmplices, de amiga tentando dizer “tá tudo bem”, mesmo quando não está.
Ela não me olhou. O vermelho em seu rosto não era apenas vergonha. Era decepção. Raiva