Sou refém?

Foi aí que ele finalmente virou o rosto, o olhar cinzento encontrando o meu com uma frieza desconcertante.

— Chega disso. — ele avisou, com falsa calma. — Ou eu vou fazer você implorar de verdade.

Senti um arrepio gelado subir pela espinha. Aquilo era uma ameaça. Não gritada, não violenta — mas ainda assim, brutal. Ele não precisava levantar a voz pra me assustar. Bastava aquela firmeza tranquila, aquela certeza inabalável de que, se quisesse, poderia me quebrar.

Foi então que vi as luzes azuis piscando atrás de nós.

— É a polícia… — sussurrei, o pânico me invadindo.

Ele olhou pelo retrovisor e murmurou:

— Não faz nenhum movimento. Nem um som.

Deslizou a mão discretamente para lateral do banco, e ver sua arma brilhando secretamente. Fiquei paralisada. Era como se um prego tivesse sido fincado no meio da minha espinha.

— Você vai me matar aqui mesmo?

Ele não respondeu. Só desacelerou e encostou o carro no acostamento. Um policial federal se aproximava a passos lentos, a mão r
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