ALEXEY
“Eu quero.”
Duas palavras. Tão simples. Tão suaves. Mas quando saíram da boca dela, o som rasgou algo dentro de mim. Como se uma represa antiga, cuidadosamente contida por anos de disciplina, tivesse enfim começado a ceder.
Ela disse isso olhando nos meus olhos, com a voz rouca, hesitante, e mesmo assim absolutamente certa. Laura, não fazia ideia do que estava pedindo. Não sabia o que existia dentro de mim, o que eu segurava com os dentes cerrados toda vez que a via rezando, andando pelos corredores da abadia, evitando meu olhar com um rubor que dizia mais do que qualquer palavra.
Eu a observei ali, naquele quarto de hóspedes abafado da mansão de Luka, onde o silêncio pesava mais do que deveria. A luz suave do abajur se espalhava pelas paredes, traçando sombras pelas curvas do corpo dela, agora exposto em pequenas rendições. O cabelo caía solto, levemente desarrumado, e os olhos ainda estavam fixos em mim não com inocência, mas com fome. A boca entreaberta, úmida. O peito