O cheiro de alecrim e manteiga se espalhava pela casa com uma doçura forçada. Meredith era perfeita — casa limpa, toalhas de linho, castiçais na mesa. Tudo arrumado com uma elegância tão cuidadosa que me deixava inquieta. Sorrisos contidos, olhares nervosos. Algo estava errado. Eu sentia.
Christopher parecia um estranho, não me olhava como antes. Suas mãos, antes firmes nas minhas, estavam frias, quase hesitantes. E Fernando… bom, Fernando estava tão pálido quanto a porcelana dos pratos.
— Com licença, vou ao banheiro rapidinho — disse, tentando quebrar o peso daquela atmosfera.
Meredith assentiu, gentil. Christopher apenas forçou um sorriso.
Atravessei o corredor e passei pela sala de estar silenciosa. O banheiro ficava ao lado da biblioteca. Me lavei devagar, respirei fundo, tentando me convencer de que estava exagerando. Só mais um almoço formal. Só isso.
Ao voltar, escutei vozes.
Eles achavam que eu ainda estava longe.
— A gente devia ter contado antes — dizia Christopher, c