Acordo mais cedo que o normal. Mal dormi, na verdade. A ansiedade de ficar tanto tempo sozinha outra vez, com a viagem das meninas se aproximando, resolveu me dar insônia como presente de despedida. Aproveito que já estou de pé e começo a preparar nosso café da manhã. Sorrio lembrando de tudo que passamos juntas e do quanto essas duas já fizeram por mim. Sério, se amizade pagasse conta, eu tava milionária. Coloco o som no último volume — minha forma carinhosa de acordá-las. Wanessa aparece primeiro, com a cara tão amassada que parece que brigou com o travesseiro e perdeu. —Que merda, Carol! Eu tô morta de sono, abaixa esse troço aí. — ela aponta pro som, e eu dou risada. Ela me retribui com um singelo dedo do meio. —Calma, gata. Fiz café da manhã pra gente. Não queria aproveitar esse banquete sozinha. — digo, cheia de doçura fingida. Beatriz aparece logo em seguida. —Carol, não olha pra mim, não chega perto e nem respira o mesmo oxigênio que eu! — diz ela, puro veneno matinal. —C
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