Pouco tempo depois de receber as primeiras fotos das meninas — já sorrindo, bronzeadas e brindando no Caribe — Christopher me manda uma mensagem.
Decido ignorar. Antes mesmo de abrir.
A conversa entre ele e Giulia ainda ecoava na minha cabeça de uma forma que eu não achei que fosse possível. Principalmente considerando que conheço o Christopher há apenas algumas semanas.
Mas esse é o problema. Um caminho perigoso.
Coloco os fones de ouvido e deixo a música no último volume, torcendo pra que abafe os meus pensamentos. E até funciona. Me recosto nos travesseiros e fecho os olhos, enquanto o líquido doce do vinho escorre pela minha garganta.
Já estava na metade da garrafa quando sinto a cama afundar próximo aos meus pés.
Não me movo. Nem tiro os fones. Pressuponho que seja ele.
Sinto os dedos dele tocarem levemente a minha tornozeleira, brincando com o pingente, e engulo em seco. Não abro os olhos. Viro o restante do vinho.
Poucos segundos depois, ele preenche meu copo de novo.
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