🕐 REFÚGIO DE OBSIDIANA – SALA DO SILÊNCIO – 02h14
Aurora despertou sobressaltada.
O nome sussurrado na escuridão ecoava ainda em seus ouvidos como um trovão gentil:
“Você não lembra… mas nasceu entre fogo e obsidiana.”
Sentou-se devagar. O berço ao lado tremia levemente, como se Aerin, mesmo dormindo, tivesse sentido a mesma coisa.
Ela passou a mão no cabelo e caminhou até a porta de madeira negra. Quando tocou a maçaneta, esta ficou quente. O símbolo de um olho fechado surgiu ali, como se a madeira respirasse.
Ela hesitou.
E então abriu.
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🕐 FLASHBACK – LUGAR DESCONHECIDO – DATA INCERTA
Ela era pequena. Um quarto sem janelas. Incenso. Vozes em uma língua que não compreendia.
Ao seu redor, homens e mulheres vestidos de vermelho recitavam seu nome em coro:
— Eilira… Eilira… filha da Tríade…
Ela tentava tapar os ouvidos.
Tentava fugir.
Mas o chão queimava.
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🕐 PRESENTE – REFÚGIO – CORREDORES OCULTOS – 02h22
Aurora desceu os degraus em espiral com