Kevin é um espião de elite que leva uma vida dupla, disfarçado como CEO da renomada empresa de sua família. Por trás da fachada de um empresário bem-sucedido, ele enfrenta os perigos e traições do mundo da espionagem, onde confiar em alguém pode custar caro. A morte de sua esposa, causada por suas próprias ações, o assombra como uma sombra persistente, e agora ele está determinado a descobrir quem está por trás do trágico "acidente". Em meio a uma jornada cheia de mistérios, novos amores surgem para desafiar suas barreiras emocionais, enquanto Kevin encara perigos implacáveis, intrigas internacionais e revelações que podem mudar seu destino. Ele encontrará respostas ou apenas mais perguntas em um jogo onde a sobrevivência exige mais do que apenas habilidades, exige sacrifícios.
Ler maisSou o Kevin Azevedo, conhecido como CEO das empresas da minha família, multimilionário e recluso. Há anos não converso com muitas pessoas além do meu irmão e assistente pessoal Nicholas, ele faz esse meio de campo entre eu e as demais pessoas para eu não precisar falar com ninguém mais, até porque não confio em ninguém... talvez na minha mãe Agatha e eu confiava na Catarina, minha mentora desde a adolescência, mas ela também se foi, não cheguei a tempo de salvá-la, foi envenenada por uma espiã inimiga. Aliás, esqueci de mencionar... sou um espião.
Na adolescência, Catarina viu potencial em mim quando todos só viam problemas comportamentais, ela me recrutou para uma escola de gênios na Europa, que mais tarde descobri ser uma escola que ela mesma havia fundado e que treinava agentes secretos para trabalhar em um setor também secreto dentro da ONU. As pessoas se formavam naquela escola e retornavam à vida normal, eram cozinheiros, modelos, enfermeiros, médicos, artistas... não havia uma área da sociedade onde não houvesse um agente desses pronto para ser ativado e cumprir alguma missão em prol de manter a paz entre as nações.
Enfim, Catarina cuidou de mim como um filho, ela me ensinou tudo, me preparando para assumir seu lugar à frente da agência algum dia. Acabei não retornando logo de cara para casa, me preparei mais, me tornei um grande administrador e voltei para assumir o lugar do meu pai nas empresas, um disfarce perfeito.
Nesse meio tempo conheci minha esposa em um café, ela era doce, não contestava nada, tinhamos uma ótima convivencia pois ela parecia simplesmente não saber dizer não... eu sei, pode parecer algo que na verdade não é bom, mas na época era o que eu precisava, que ela não perguntasse nada e assim eu não precisaria mentir.
Do meu jeito eu amei Emily, mas começamos a discutir quando pela primeira vez ela me disse não, ela disse que não queria ter filhos, e assim, por meses o assunto voltava a tona e eu tentava convencê-la mas ela não queria mesmo saber... Depois de uma briga dessas ela saiu sozinha de carro e sofreu um acidente, eu investiguei e descobri que não era bem assim, alguém tinha mexido no carro e provocado aquele acidente, não estavamos seguros, meu disfarce pelo jeito ja não etra tão bom assim
Foi depois da Emily que eu me isolei, no entanto essa semana coisas estranhas aconteceram... primeiro senti o perfume da Emily no meu carro... depois, no outro dia, o rádio do carro que eu nunca uso começou a tocar sozinho e era a música que dancei com Emily em nosso casamento... e pra ajudar... eu estava em busca de uma mulher misteriosa há quase um ano, uma mulher que pelo jeito não queria ser encontrada, a tal condessa de Montebello, mas por sorte havia chegado em meu escritório o convite para uma festa dela justamente agora...
Eu preferia não participar de eventos sociais... mas esse... e depois de tantas memórias da Emily, eu pensei que deveria ir para não enlouquecer de vez... só que havia algo de estranho nesses sinais e eu queria muito descobrir o que era.
Acabei aceitando ir naquela festa, mas preciso te contar o que houve um ano antes
*Flashback on*
-Já faz um ano que sua esposa se foi e...- O homem tentava argumentar comigo.
-Ela não se foi, ela foi assassinada, e o que isso tem a ver?- Perguntei um pouco exaltado
-Baixe o tom, eu sou seu superior.- O homem falou lembrando que, por mais amigável que fosse, ele ainda era meu chefe e eu lhe devia algum respeito.
-Sim, senhor, me desculpe, eu me exaltei. Mas não compreendo.- tentei entender onde o chefe queria chegar com aquela história.
-Acontece que se quiser manter seu disfarce, descobrir os culpados pelo assassinato e ter o poder necessário para acabar com tudo isso, você vai precisar se casar com alguém importante.- O homem começou a explicar seu plano.
-Casar? Não entendo como casar pode ajudar em algo, além de que não pretendo me envolver com ninguém.- eu estava irritado e confuso com aquela proposta, como poderia colocar alguém no lugar de minha esposa?
-Eu não estou pedindo para esquecer sua esposa, nem para se apaixonar, estou sugerindo que faça um acordo com uma mulher poderosa para alcançar seus objetivos. Quantos viúvos de 35 anos você conhece que não se casam dentro de 2 ou 3 anos?- o homem ainda argumentava comigo com paciencia.
-Faz sentido, mas você tem alguém em mente? Parece que veio para essa reunião muito bem preparado.- dei um pouco de espaço para ele, quem sabe um pouco de curiosidade tenha surgido, além do desejo de descobrir a verdade sobre Emily.
-Mas é claro, é do meu interesse o seu sucesso. - o homem falou sorrindo e fingindo que tentava pensar em alguém.- Que tal essa Condessa de Montebello de quem todos falam? Tem causado bastante barulho.- Ele mostrou no celular o tanto de notícias sobre a tal condessa.
-Mas ninguém sabe quem ela é, parece que sabe muito bem se manter oculta.- ponderei pensativo.
-Outro bom motivo para se unir a ela, não parece uma civil qualquer.- o homem falou.
-Sim, Senhor, mas para fazer um acordo, primeiro vou precisar encontrá-la.- Falei agora um pouco mais interessado, a Condessa me parecia realmente alguém interessante, ainda mais por precisar ser encontrada.
-Então essa é sua nova missão, encontre-a, faça o acordo e então cumpra seus objetivos.- O chefe disse já se despedindo e saindo da casa.
Fiquei ali, pensativo, analisando as possibilidades. Depois, enviei mensagens criptografadas para alguns agentes, colocando-os à procura da tal Condessa. Se ela aceitasse o plano, até poderia ser algo interessante. Com tantos recursos e contatos espalhados pela Europa, era bem provável que conseguíssemos todas as informações que eu precisava.
Mas em que isso poderia ser vantajoso para alguém como ela? A Condessa parecia ter tudo. O que eu poderia oferecer que realmente chamasse sua atenção além do meu nome de prestígio? E... quem garantia que ela ainda não era casada? Essas perguntas martelavam em minha mente enquanto considerava cada detalhe. Será que meu chefe sabia mais sobre ela do que havia deixado transparecer? Algo me dizia que ainda havia muito mais nessa história do que eu podia imaginar.
-Patrícia, lembra que suas fontes disseram que possivelmente haviam pessoas infiltradas na nossa agência?- Alana começou a falar assim que entramos na sala protegida.-Sim Alana, mas pensei que você não soubesse disso pois estava afastada. -Patrícia respondeu.-Sim, na verdade o afastamento foi orientação do chefe, aproveitando das minhas questões de saúde, foi fácil convencer a todos de que eu precisava me afastar por um tempo, mas na verdade continuei ativa.-Entendi, e então você descobriu os infiltrados.- Patrícia deduziu.-Na verdade não, fomos enganados, e ao que tudo indica um dos homens infiltrados estava muito próximo de você.- Alana disse visivelmente frustrada.-Certo, vocês podem me explicar por favor o que está acontecendo? - Patrícia se vira para o outro agente- Lucas? O que tinha pra falar?-Interroguei o homem que atacou vocês, ou melhor, que apanhou do Kevin, ele é um amador, falou muito rápido... e estava atrás de você a pedido do Hector.- o agente respondeu.-Como?
*Ponto de viata de Alicia*A chegada de Eric me animou bastante, quem diria que o grande agente seria pego de forma tão simplória, em uma missão qualquer... ou será que não havia sido por acaso? Descofiei da história do meu amigo desde o início, mas não quis entrar na mente dele, fazê-lo contar algo que ainda não estava confortável para dizer, e isso é algo que aprendi atendendo tantos agentes após eventos catastróficos... que não adianta apressar o rio, ele corre sozinho e nós temos todo tempo do mundo, posso esperar que eles me contem no seu tempo, não é como um consultório onde as vezes é necessário forçar de certa forma para que o paciente fale.Uma coisa que é importante você compreender é que o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma sombra persistente que muitos desses profissionais que chegam aqui na ilha carregam depois de anos lidando com missões de alto risco, decisões de vida ou morte e um mundo onde confiar em alguém pode ser uma jogada perigosa. Isso inclui Er
-Eu entendi, fique tranquilo, não estou envolvida, só dançamos, foi um bom momento… quando você está em silêncio, até me sinto bem perto de você.-Eu também me sinto bem, as vezes.-E isso pelo jeito é bem raro. - Patrícia falou enquanto se alongava.-É muito raro.- Respondi.-Como você suporta viver desse jeito, Kevin?-Depois de um tempo eu só parei de sentir, vivo como se fosse no automático, fica mais fácil desse jeito.-Me parece triste também.-Mas e você? Sua vida parece uma montanha russa com tantos altos e baixos, como você lida com tudo isso sozinha?-Nunca estou sozinha, esse é o segredo, uma boa rede de apoio…pois além dos altos e baixos, ainda tem os loopings nessa montanha russa, são viradas muito rápidas e muito radicais pra conseguir lidar sozinha. A Lane tem sido um grande apoio, meus pais também…os adotivos no caso, e sempre surgem pessoas que me surpreendem como a Alana e o Lucas, imagino que seu irmão será um desses também, é muito leal.-Você é inocente em alguns
-Essa é uma sala segura?- `Perguntei olhando bem ao redor.-Sim, pode ficar tranquilo.- Ela respondeu com calma me olhando curiosa.-Eu nunca fico tranquilo, é um pesadelo.- Confessei.-Sinto muito, deve ser horrível viver em estado de alerta.- Ela disse entendendo meu lado e eu até me senti um pouco confortado por isso confessando o que estava em minha mente.-É cansativo o tempo todo desconfiar de tudo, prestar atenção em tudo, ter sempre uma saída estratégica em mente… mas ok, faz parte. Eu só quero agradecer por me preservar mesmo em meio à pessoas que você confia cegamente.-Eu não tenho o direito de interferir na sua vida, aliás, vamos esquecer o que houve hoje entre nós, eu agi sem pensar, ambos não estamos disponíveis nesse momento de nossa vida e com todos os segredos e mistérios que te envolvem, seria loucura pensar em nós dois como algo a mais além do contrato.-Eu concordo, também agi sem pensar, baixei a guarda, isso não vai mais acontecer, até porque eu amo Emily e você
*Ponto de vista de Kevin*Alana bate na porta aberta e avisa:-Patrícia, estão todos reunidos já.- ela fala com um tom um pouco desconfortável que não consigo decifrar embora eu saiba que ela esconde muitas coisas.-Todos? Quer dizer que ele veio?- Pattrícia pergunta e parece algo que só as duas entendem.-Sim, sorriu Alana.- Quem seria esse ele? fiquei pensando.... -Fico muito feliz em saber, quem sabe tudo se resolve entre vocês.- Patrícia disse e entendi que era alguém com quem Alana parecia ter uma história.-É complicado Patrícia, mas ele veio por sua causa, isso me deixa feliz.- Alana respondeu tentando conter aquele sorriso que antes havia surgido.-Sei. Vamos lá então para essa reunião.- Patrícia disse saindo com a assistente e eu parei na porta confuso.-Ei, estou sem entender nada do que vocês estão falando, entendo menos ainda porque a ex Miss Brasil é sua assistente.- Falei tentando conseguir alguma informação.-Primeiro de tudo, uma vez Miss, sempre Miss, não é isso Alan
*Ponto de vista de Kevin*Patrícia pediu que a orquestra parasse e então se posicionou no mezanino no segundo andar, enquanto isso eu ordem aos meus homens que mantivessem todos no primeiro andar e não deixassem ninguém mais subir além de mim, Nicholas e Alana, que Patrícia havia pedido para estar lá com ela, Lane preferiu ficar com Gustavo já que precisaria dar muitas explicações quando ele soubesse a verdade.-Boa noite a todos, espero que estejam aproveitando a festa, peço um minuto de sua atenção para fazer um anúncio importante.- A voz de Patrícia ecoou no salão e todos se reuniram onde fosse possível vê-la.-A maioria de vocês me conhece como Patrícia Magli e eu sou, mas não por ter me casado com Hector, Dom Luiz adotou Hector ainda bebê para substituir uma criança que havia perdido, no entanto anos depois a encontrou, eu sou a verdadeira filha biológica de Dom Luiz.Em meio à muitos oh! E muitas tentativas de perguntas da imprensa Patrícia continuou com confiança:-Eu sou Patrí
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