Kevin é um espião de elite que leva uma vida dupla, disfarçado como CEO da renomada empresa de sua família. Por trás da fachada de um empresário bem-sucedido, ele enfrenta os perigos e traições do mundo da espionagem, onde confiar em alguém pode custar caro. A morte de sua esposa, causada por suas próprias ações, o assombra como uma sombra persistente, e agora ele está determinado a descobrir quem está por trás do trágico "acidente". Em meio a uma jornada cheia de mistérios, novos amores surgem para desafiar suas barreiras emocionais, enquanto Kevin encara perigos implacáveis, intrigas internacionais e revelações que podem mudar seu destino. Ele encontrará respostas ou apenas mais perguntas em um jogo onde a sobrevivência exige mais do que apenas habilidades, exige sacrifícios.
Ler mais(narrador)No hospital, tudo era de fato uma armação, logo que Kevin e Patrícia saíram… Emily mostrou as garras:— Merece um Oscar, Claire. Já percebi que não vou me arrepender de tirá-la daquela prisão na Turquia.— A tonta da Patrícia passou por mim no corredor e nem me reconheceu. Está toda apaixonada, mesmo... uma idiota.— Chega, Claire. Agora precisamos trocar de roupa e sair daqui. Você já subornou o segurança para apagar os registros das câmeras?— Já, está tudo certo.— Então vamos. Avise o Hector que o Kevin caiu na armadilha. Vou partir para a fase 2.— Sim, senhora.Claire, psicopata implacável, carregava um ódio antigo por Patrícia desde a adolescência. Presa por anos, havia sido resgatada por Hector para ajudar a intimidar Patrícia e Vinícius. Depois, Dom Luiz armou para que fosse capturada na Turquia — tudo parte de um plano cuidadosamente arquitetado, com Patrícia no centro do ódio de Claire.Já Emily, infiltrada de uma organização terrorista, tinha como missão seduzir
(Ponto de vista de Alícia)Às vezes, quando o sol se deita devagar por trás da linha do mar, eu fecho os olhos e juro que consigo ouvir a risada da Lívia, ela foi minha melhor amiga na vida. Era inconfundível, meio debochada, meio sincera, sempre com aquele tom de quem já viu coisa demais, mesmo sendo tão nova.Faz muitos anos que não tenho notícias dela. Desde que vim para a ilha, perdi totalmente o contato. Mas, se tem algo que o tempo não apaga, é a lembrança de quem foi casa para a gente quando o mundo inteiro parecia hostil.Conheci a Lívia no colégio. Éramos adolescentes tentando parecer fortes, embora por dentro fôssemos só um amontoado de dúvidas e medos. E foi naquela época que tudo começou. Foi ali que Kevin apareceu em nossas vidas, agora como professor. Kevin havia salvado Lívia de um lugar horrível onde havia escravidão infantil e depois, ele mesmo havia recrutado ela para a escola, foi por causa dele que acabamos nos conhecendo.Quando conheci meu querido professor, ele
(Ponto de vista de Kevin)Fiquei observando pela janela do carro enquanto Patrícia entrava em casa. Seu andar ainda era gracioso, mesmo apressado, e algo na forma como ela segurava os ombros me dizia que ela estava tentando ser mais forte do que realmente se sentia. Eu sabia ler qualquer código, qualquer expressão corporal — menos quando as emoções envolviam o meu próprio campo afetivo.E agora, elas estavam me engolindo.Eu não queria mais ficar longe dela. Essa era a verdade. Mas não podia ignorar o retorno de Emily. Precisava encontrá-la, precisava de um encerramento. Por mais que ela tivesse sumido sem explicações e retornado com uma história frágil, havia um elo entre nós. Um casamento. Um passado. E ninguém tinha culpa pelo desaparecimento dela... embora, se eu fosse honesto, Hector sim. Ele tinha culpa por muita coisa.Mas por que agora?Justo agora que eu finalmente tinha decidido seguir em frente... ela reaparecia. Aquilo não me parecia coincidência. E coincidências raramente
(Ponto de vista de Kevin)Três dias. Foi o tempo que fiquei internado até me liberarem. Os médicos aproveitaram para me submeter a uma bateria de exames...segundo eles, era quase irresponsável alguém com meu histórico não fazer um check-up completo há tanto tempo. Eu sabia que não era por descuido, e sim por negação. Preferia não olhar para dentro, fosse física ou emocionalmente.Quando finalmente fui liberado, Patrícia já me esperava na porta do quarto. Aqueles últimos dias foram estranhos. Ela só aparecia no horário de visita e, mesmo quando vinha, eu mantinha a distância. Dizia a mim mesmo que era para protegê-la. Que o mundo ao meu redor estava desmoronando e ela não podia ser puxada junto. Mas a verdade é que ela mexia demais comigo. E isso me assustava.Eu sempre tive facilidade em lidar com lógica, com números, com estratégias. Mas emoções... relacionamentos... isso era outro departamento. Algo que meu QI não conseguia resolver. Enquanto outras pessoas navegavam o mar das emoçõ
(Ponto de vista de Alicia)Acordei com o coração acelerado e o rosto molhado de suor. O quarto estava escuro, mas minha mente ainda presa àquela imagem: Kevin. Ele estava deitado em uma cama de hospital, inconsciente, com tubos e máquinas ao redor. No sonho, tentei chamá-lo, tocá-lo, mas havia algo me impedindo, como se um vidro nos separasse. A sensação era sufocante, angustiante. E então, ele sussurrou meu nome. Não sei se foi real ou só parte do sonho, mas foi o suficiente para me tirar o sono.Sentei-me na cama, puxando os joelhos contra o peito. Meu instinto me dizia que aquilo não era apenas um sonho. Era como se algo dentro de mim tivesse sido ativado, como uma espécie de radar emocional. Kevin estava em perigo. E de alguma forma, eu sentia isso.Saí do quarto e fui direto para o antigo escritório da minha mãe, que costumava acordar cedo para revisar relatórios ou organizar documentos da comunidade. Bati na porta com urgência.— Mãe... eu preciso falar com você.Ela me olhou com
(ponto de vista de Kevin)Nick me olhou com aquele jeito direto dele, como se quisesse me ler inteiro.— Irmão, você sempre foi fechado e antipático, mas nunca te vi ser tão negativo. Qual é o real problema aqui?Suspirei, sem forças para rodeios.— Hector Magli. Ele está envolvido no acidente da Emily... e eu era o alvo. Quem estiver por trás dele quer me ver fora do jogo.Nick assentiu com seriedade.— Entendi. Mas você não vai ser pego assim tão fácil, né? Com certeza pega eles antes.Talvez ele estivesse certo. Eu ainda tinha fôlego pra virar esse jogo.— Pode ter razão. Desculpa, Lane — me virei para ela — eu realmente agradeço por doar sangue pra mim. Como eu não percebi antes? Vocês dois são muito parecidos.— Verdade — ela respondeu com um sorriso — acho que foi isso que me fez confiar no Nick tão rápido. Ele me lembrou a Lane.A enfermeira entrou no quarto com passos firmes e avisou:— Com licença. Já podemos ir para o banco de sangue do hospital.— Depois nos falamos, então.
Último capítulo