Eu poderia mentir e fingir ser aquela pessoa que acredita que “o amor está onde menos se espera”, ou dizer mais uma frase clichê do tipo: “ninguém manda no coração”, mas a verdade é que eu nunca estive preparada para me entregar aos encantos de um mafioso. Meu pai nunca mediu esforços para expandir os negócios da família e, claro, uma hora isso ia respingar em mim, a filha mais velha, que poderia facilmente ser negociada, em troca de inúmeros benefícios para a família McNight. Eu relutei, briguei, tentei, afinal, eu tinha o meu grande amor e era com ele que eu fazia todos os meus planos de vida. Até que meu pai cedeu e tentou negociar o tempo desse tal contrato. O contrato que mudou a minha vida, o meu desejo e os meus sentimentos. Thomas, o meu futuro marido, estava longe de ser a pessoa que eu sonharia para viver ao meu lado, mas, como eu disse, nem a pessoa mais fria, manda em seu coração e, hoje, tudo que eu quero é que esse contrato não acabe nunca. Que começou com um acordo inusitado e apresentou um sentimento inesperado. *UMA NOIVA PARA O CAFAJESTE - Spin Off* O cafajeste e a mocinha indefesa: não se iluda se você acha que esse é apenas mais um cliché. Stefano McNight, o maior cafajeste da Itália, precisa seguir a boa e velha tradição da família para assumir a empresa McNight, casar-se! O problema? Deixar suas aventuras de lado para cumprir a principal exigência do pai: estar realmente apaixonado. Cecília é uma jovem que precisa cuidar de seu irmão e resolver todos os desafetos que seu pai lhe causa. Stefano precisa de uma noiva. Cecilia, de dinheiro. Um acordo seria perfeito. Será que eles conseguem viver sob o mesmo teto?
Leer másCOPYRIGHT © 2023 POR KARYELLE KUHN
Título original: Um Contrato inesperado com o Mafioso.
Está é uma obra de ficção.
Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
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Os direitos morais foram assegurados.
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Versão Digital — 2023.
AVISO IMPORTANTE:
ALERTA DE GATILHOS;
Assassinato, tortura, abandono, assédio sexual, traição, uso de drogas lícitas e linguagem imprópria.
Se em algum momento você se sentir desconfortável, peço para que pare a leitura e, quem sabe, dê uma chance aos meus outros livros. Sua saúde mental em primeiro lugar.
Thomas Kuhn
Os gemidos da mulher se tornavam cada vez mais altos e enquanto eu me movia atrás dela e a puxava com força pelo quadril, — ela implorava por mais e suas unhas que mais se pareciam com garras afiadas, afundava no colchão, a ponto de praticamente rasgá-lo.
— Ah! Thomas! — Ela gemeu alto, seu corpo cedendo sobre a cama enquanto eu puxava de vez o seu quadril contra mim, para gozar uma última vez, antes de deixá-la descansar.
Ela grunhiu quando eu saí de dentro dela, tirando a camisinha do meu pau e a jogando fora. Chloe se virou, sorrindo pra mim e abrindo seus braços para que eu me juntasse a ela na cama.
— Isso foi muito bom... — ela murmurou e eu sorri de canto, deslizando meus dedos pelos meus cabelos.
— Eu sei que foi, — falo me sentando na cama e tirando um cigarro da mesinha de cabeceira. O isqueiro dourado com o brasão da família Kuhn, estava esculpido nele e quando apertei para acender o meu cigarro, eu vi Chloé deslizar os dedos pelas minhas costas, me abraçando por trás.
— Sabe Thomas... eu estive pensando sobre tudo isso... e... bom... — ela sorriu, beijando minha nuca, — eu te amo.
Deus.
Amor?
Ela realmente queria falar sobre amor?
Besteira.
Amor era algo que não existia nesse mundo, uma ilusão idiota a qual as pessoas se agarravam por puro desespero e quando se nasce como um Kuhn, você não tem direito a pensar em coisas idiotas como o amor.
—Thomas? — Ela me chamou, quando eu não a respondi, — você não vai dizer nada?
Eu a encarei, meus olhos deslizando pelo corpo nu de Chloe. Um corpo delicado, com curvas voluptuosas e muito sinceramente, o único motivo para ainda me envolver com ela.
Chloe não era uma flor de Lis e muito menos uma das melhores companhias que já tive, mas ela fodia bem, e era obediente. Eu não queria espantá-la, tampouco, pretendia entrar no teatro que ela desejava; aquele onde nós dois estávamos em um relacionamento.
— O que você quer que eu diga? — Perguntei, sem muita emoção impregnada em minha voz, o que nitidamente a incomodou.
— Como assim o quê? Quero que você diga que me ama! — Ela disse me olhando com nítida descrença, — nós estamos juntos a três anos Tommy! Três anos e você nunca disse que me amava!
Sim, porque eu não a amava.
Suspirei.
— Chloe...
— Não me venha com Chloé! — Ela disse parecendo brava demais para algo tão bobo quanto isso, — você sempre age desse jeito! Com esse maldito olhar de superioridade! Como se… como se nada do que eu sinto fosse relevante! Quer saber?! Vai embora daqui! — Ela falou se levantando e começando a catar as minhas roupas que estavam jogadas pelo chão. Roupas que ela mesma tinha jogado, na pressa me deixar completamente nu e me arrastar pra sua cama. — Enquanto você não decidir o que quer, eu não quero te ver mais, Thomas Kuhn!
Ela falou e sem esperar que eu sequer revidasse, jogou as roupas em mim, me expulsando de seu quarto e obviamente, se esquecendo do fato de que ainda frequentávamos a mesma faculdade e consequentemente, iríamos nos ver.
Considerando que Chloé era uma daquelas herdeiras de família rica, era normal esperar que ela tivesse surtos como esses. Ela sempre esperava que as coisas fossem como ela desejava, mas eu não tinha a menor pretensão de mudar a minha vida, e não ia fazer algo pelo simples fato de Chloé querer, muito menos mentir de forma tão descarada, dizendo que amava uma mulher que não passava de uma boa foda pra mim.
Não.
Minha mãe me disse para ser gentil, não um completo mentiroso.
Então, peguei minhas roupas, as vesti e sem olhar para trás, saí dali. O dia já estava claro e eu sabia que isso queria dizer que tinha uma família me esperando pro café da manhã. Um café que eu não poderia evitar, e para o qual, eu não poderia me atrasar.
Meus pais não eram exatamente o protótipo perfeito de casal apaixonado, mas ainda assim, meu pai fazia questão de ter todos na mesa durante o café da manhã. O que de acordo com a minha mãe, era um costume alemão, e essa era só uma das grandes diferenças entre eles, mas talvez fosse normal, porque não se pode esperar muito ao se juntar uma donna italiana, aventureira e cheia de vontade de viver, com um alemão que só pensa em negócios e na honra da família.
Eles eram como água e vinho, — e para mim, eram o melhor exemplo de que eu estava certo: amor não existia e se existia, não era relevante.
— Tommy! Isso são horas? — Minha mãe me chamou atenção, assim que pisei em nossa sala e eu sorri, me aproximando dela e depositando um beijo em sua bochecha.
— Você está linda hoje, sabia?
Ela me fuzilou com os olhos.
— Acha que vai me ganhar com esses elogios? Seu pestinha… — murmurou, — seu pai vai ficar furioso se chegar e não te achar em casa.
Sibilei.
— Ele sabe que eu sou um homem solteiro, não sabe?
Minha mãe suspirou, e enquanto nós dois andávamos até a mesa do café, — que obviamente tinha sido posta na sala com vista para o jardim, como sempre, já preparada e com Pietro a nossa espera.
— Querido, você sabe que o seu pai não pensa assim, ele espera que esse noivado entre você e Bella McNight aconteça o mais rápido possível, principalmente agora, que ela acabou de fazer dezoito anos, ela disse, - e esse assunto me fazia enrugar a testa de frustração.
Eu não tinha nada contra o fato de ser o herdeiro dos Kuhn, muito menos sobre toda a responsabilidade que assumi desde os dezesseis anos, mas ser forçado a me casar com a filha do nosso inimigo e ainda menor de idade, pelo simples fato da família precisar estabelecer seu poder na Itália, era ridículo. O casamento dos meus pais, tinha sido uma tentativa óbvia de trazer a família Kuhn e seus negócios para Roma, mas… italianos não respeitavam alemães como respeitavam italianos.
CecíliaSteffano me pediu desculpas em meio às lágrimas, e Thomas, Bella e Henry se esforçaram para me dizer o quanto estavam arrependidos por esconder a verdade de mim.A verdade, era que tudo começou com Thomas. Ele me encontrou em meio à sua pesquisa para possíveis noivas de Steffano. Ele tinha encontrado minha mãe, a pedido de seu pai, mas foi ao me ver ligada a ela que ele teve aquela ideia brilhante. Ele tentou a sorte, arriscando ao por minha foto entre tantas outras e, no fim, fui eu que Steffano escolheu dentre todas as mulheres ali. Thomas disse que mal conseguiu se conter naquele instante, porque ele sempre soube de tudo, e que Henry, que tinha pressionado o filho para se casar, ficou ainda mais feliz em continuar a pressionar, já que uma aliança com os Moretti era uma coisa magnifica para a família McNight.Eu não entendia como as coisas escalaram tão rápido assim, mas logo que saímos do hospital e nos recuperamos por algumas semanas, Liz me disse que começaria a me g
CecíliaQuando meus olhos se abriram, havia um teto branco sobre minha cabeça e vozes discutiam ao fundo. Vozes femininas, onde uma delas me era muito familiar. — Ela é a minha filha! Não a sua! — ouvi minha mãe gritar e uma voz de uma mulher um pouco mais velha pareceu ainda mais irritada com isso. — Você me julgava como uma mãe ruim, mas foi pior ainda! Sua garota estúpida! — a ouvi reclamar e um bufar baixo surgiu de um terceiro ser. — Sofia… Angelina, por favor… se acalmem. — O terceiro ser, que tinha uma voz grave, pediu. — Nero, por que você nunca fica do meu lado quando essa ingrata está envolvida? É por você sempre ser mole que essa garota… A mulher mais velha parou no meio da frase e eu grunhi, tentando erguer meu corpo para encarar quem quer que estivesse ali à minha volta. — Cecília! — mamãe gritou, e de assalto me abraçou. — Deus! Filha! Perdão! Perdão! Eu nunca pensei que… que te traria tantos problemas! Cecília… é tudo culpa minha. Ela continuou a dizer, e minha
CecíliaEu estava em pânico pelo que poderia acontecer, mas, por sorte, Hector me jogou em um quarto depois daquela conversa e, trancando a porta, ele me abandonou lá dentro antes de sair. Eu não tinha ideia do que fazer ou sequer se teria chance de fazer alguma coisa, mas se o tal Nero Moretti era meu avô, talvez eu tivesse uma chance de estar a sós com ele, de pedir por ajuda e proteger Steffano e o meu bebê. Minha barriga demoraria um pouco para crescer e os Esposito não podiam esperar muito, com medo de os McNight os perseguirem. Então, eu só precisava conversar com o meu avô sozinha e rezar para que esse homem sentisse algum tipo de afeto pela neta que nunca conheceu. Eu não tinha ideia se isso sequer funcionaria, mas eu sabia que se tentasse… Steffano viria até mim. Ele iria me encontrar e tudo ficaria bem. Nosso filho ficaria bem. Abraçada à minha barriga, eu decidi que esse era o único caminho a ser tomado, mas, para minha surpresa, mal tive tempo sozinha antes da porta
SteffanoNada fazia sentido, e a forma como Thomas e o meu pai agiam, deixava claro que os dois desgraçados tinham escondido tudo de mim. E se Nero Moretti estava ali, queria dizer que eles também haviam feito planos sem se preocuparem em me contar ou consultar. Eu teria que ter uma longa conversa com aqueles dois, mas agora, a minha maior preocupação era tirar Cecília das mãos daquele doente do Hector Esposito. Eu não fazia ideia do porquê aquele filho de uma puta queria Cecília, mas vendo Nero na minha frente, era fácil de entender.Com toda certeza Mateo Esposito não ia deixar a chance de ter Nero ao seu lado, afinal, com o poder dos Moretti, ele poderia se eleger sem problemas, e claro, usar o medo para manter as dívidas longe, assim como todos que eram perigoso para ele. Nem mesmo os McNight podiam agir de forma descuidada com alguém como Nero, e Esposito deveria saber disso, porém, isso só me deixava ainda mais bravo com aquele merda do caralho. Isso tudo deixava as coisas be
CecíliaAssim como Hector disse, ele estava me esperando em frente ao condomínio com um carro preto, e quando eu entrei, vestindo um dos moletons de Steffano, que usei para sair despercebida pelos criados e seguranças, ele bufou parecendo insatisfeito. — Entre de uma vez —falou irritado — e me poupe da sua birra. Franzi meus lábios, sentindo minha cabeça inteira latejar. Eu ainda não fazia ideia do que Hector queria comigo, porque, se era Steffano que ele queria atingir, tinha formas mais eficazes do que estar ao meu lado. Na verdade, eu acreditava fielmente que qualquer opção era bem mais viável do que me usar naquele momento, mas… ele parecia apenas incomodado enquanto eu me mantinha em silêncio.Tentei me perguntar como nunca havia notado os sinais, a forma como aquele homem era de verdade, o quão podre ele sempre foi, mas me dei conta de que quando você é alguém desesperado por afeto, você não deseja ver nada além de uma saída, e Hector era a minha. Ele era a minha saída par
SteffanoEu me declarei para Cecília. Me declarei e me abri naquele momento, mas… algumas horas depois, ouvi um grito ressoando da direção do quarto dela e quando corri para ver o que estava acontecendo, me deparei com uma governanta em choque, parada em frente ao quarto com a bandeja ao chão. O quarto de Cecília… estava vazio. Ela tinha fugido? Ela me odiava a ponto de fugir? Não! Cecília… Eu precisava encontrar a Cecília. Eu… — Senhor! Ela deixou uma carta! — uma segunda empregada falou, tentando confortar a governanta que ainda estava em choque, e eu peguei aquele pedaço de papel com medo do que quer que estivesse escrito ali, mas para minha surpresa, tudo que eu senti foi raiva. Raiva que me consumia por completo, afinal, em letras tremulas, Cecília escreveu. Steffano… eu amo você. Perdoe-me, eu não sei como dizer isso, mas Hector tem provas contra você e a sua família, eu… não posso fazer nada. E ele me quer, então… eu darei a ele o que ele quer, assim, ao menos eu ir
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