Zahraa é uma dançarina de dezenove anos apaixonada pelo filho do sheik Khalil, o próximo Emir de Abu Dhabi, mas ele já está apaixonado por outra, só não sabe que ela é essa mulher. Depois de um acordo com o pai de se casar com quem ele desejasse, ela é pedida em casamento. Zahraa tem duas identidades, aquela que todos conhecem e a dançarina misteriosa que atrai a atenção dos homens.
Leer más— Apresento a todos, Zaya, a última competidora a dançarina da noite! — ouviu-se apenas o som da voz do apresentador chamando seu pseudônimo, pois ele não estava ali.
A luz do holofote caiu sobre ela quando entrou no palco, enquanto o grande salão do hotel luxuoso mantinha as demais luzes apagadas, para que os convidados e hóspedes pudesse assistir de forma confortável e focados nas apresentações daquela noite. Era sua primeira vez ali, estava torcendo para conseguir a vaga de dançarina naquele hotel, assim seguiria seu sonho sem revelar sua real identidade.Estava prestes a realizar seu sonho, se tornar uma dançarina profissional, como foi sua mãe.Com um véu abaixo dos olhos, cobrindo a parte inferior do rosto sentia-se mais confiante. Pôs o pé esquerdo na frente do direto, mostrando parte do salto preto por baixo da saia longa, com fendas nas laterais, negra como a noite e como seus cabelos compridos, nela pendia um cinto dourado, cheio de adereços delicados, o ventre estava visível, além disso, também havia o bustiê contornando seu busto. Os olhos destacados por delineador e lápis, destacando seus cílios longos e os verdes escuros de Zahraa, a música iniciava. Com o coração saltando do peito por se mostrar para quase duzentas pessoas, aparentemente a grande maioria da alta sociedade. Tentando se concentrar no som da música e manter o olhar confiante enquanto observava cada grupo sentado nas mesas a distância, ela respirou devagar, para que ninguém notasse quando seu véu se movimentou. Abaixou-se aos primeiros sons que ouviu, ficando com um joelho no chão e a perna esquerda à mostra, passando pela fenda. A pele parda e delicada foi vista, os cabelos escondiam seu rosto para dar início a sua apresentação, precisava ser diferente das demais que passaram por ali. A música instrumental era uma escolha sensata do dono do hotel para que ninguém tivesse sua escolha influenciada pela letra ou gosto da música, os levando a prestar atenção apenas nas dançarinas.Então ela levantou elegante e sedutora, as mãos para cima, a cintura balançando lentamente, hipnotizando os presentes. As pessoas estavam presas a sua dança em um silêncio cômodo e ansioso. A cabeça dela moveu-se ligeiramente de um lado a outro, dando a impressão que o pescoço a acompanhou, no ritmo certo.A melodia se intensificou de repente, os movimentos também, sempre sensuais. Por alguns minutos foi assim. Então o som parou, assim como ela, trazendo todos de volta a realidade quando ela se curvou ofegante, agradecendo de forma respeitável e silenciosa a todos os espectadores. Minutos depois, todas foram chamadas de volta, então a decisão não tardou a ser revelada. — Parabéns! Você foi a escolhida como a estrela principal da noite! — disse o apresentador vestido elegantemente. Ela foi tomada pela surpresa, mesmo ouvindo o som de palmas entusiasmadas por todo o local. O sorriso deslizou em seus lábios, quando se curvou tentando segurar estabilizar as batidas frenéticas do coração, quando levantou a cabeça e arrumou a compostura avistou o cara alto, de cabelos grisalhos no fim do salão, mesmo com a pouca luz sobre as outras pessoas, ela o reconheceu imediatamente, era Youssef, seu pai. Agora o que sentia se transformou em nervosismo, as mãos soaram, o corpo enrijeceu. — Venha senhor, se não foi convidado não pode entrar. — os seguranças se aproximaram dele. A carranca que ele carregava o impediu de bater palmas naquele momento, parecia não ouvir os seguranças. Youssef tinha em torno de cinquenta anos, conservado por trabalhar em lugares confortáveis e climatizados. Trazia nos olhos escuros uma amostra clara de decepção e raiva, fazendo o corpo da jovem se arrepiar, ela previu a confusão assim que ele entrou, não só para ela, agora todos estavam envolvidos. Então não teve coragem de dar as costas as pessoas por influência dele, estava muito assustada, mas manteve o respeito e com firmeza segurou o olhar no seu, demostrando não está arrependida e fingindo não está com medo dele. — Ela está emocionada. — disse o apresentador, vendo-a sair do palco cedo demais. Todos acreditaram que seus passos para trás sem dar as costas era o maior sinal de que ela respeitava e agradecia a atenção deles, ficaram impressionados com tal atitude. Mal sabiam que era por covardia e falta de confiança por causa do homem no meio deles. — Senhor, deve sair daqui. — insistiu o outro segurança. O homem os ignorou, pois reconheceu Zahraa de imediato, mesmo com toda aquela roupa, ela era igualzinha à mãe, a cópia exata, até mesmo a cor dos olhos ela herdara. Parecia que estava vendo sua falecida esposa ali, se apresentando para todos aqueles estranhos, como ela fazia antes de se tornar professora de dança, foi assim que sua filha também aprendeu a dançar, por mais que ele odiasse a possibilidade dela seguir os passos da mãe, ela o fez, havia acabado de fazer, era sua única filha, Zahraa Al-Abdulla. Os dedos apertaram nas palmas com agressividade, ele não compreendia como podia haver tamanha semelhança e teimosia, de quem sobrou depois da partida prematura de sua companheira. Os seguranças seguraram de cada lado dos seus ombros para o tirar dali. — O que os faz pensar que não deveria estar aqui? Isso por acaso é correto? — apontou com discriminação para o palco. — Senhor, não tem nada de errado acontecendo aqui, é apenas uma apresentação. — um dos homens tentou dialogar o mantendo parado. — Aé? E qualquer pessoa pode se mostrar? — Youssef estava irritado o suficiente para cometer uma loucura. — Iremos conversar lá fora, senhor. — começaram a puxá-lo para a passagem que levava ao corredor. — Eu tenho direito de estar aqui tanto quanto essas pessoas. — disse entredentes o pai da dançarina, encarando cada um dos seguranças que tinham as mãos nele. — Se não tem um convite, nem pagou entrada, deve sair! — respondeu um deles ainda carregando-o a força. — Então não seja por isso. — tentou colocar as mãos nos bolsos. — Posso? — alertou que retiraria o dinheiro.Os seguranças o soltaram, esperando o pagamento, a política do local era evitar a violência e gerar qualquer acontecimento negativo que fosse manchar a imagem do hotel. Youssef retirou a carteira, os entregando parte do salário que recebia."Tudo pelo dinheiro." Bufou Youssef. ***** Zahraa já correu para fora do palco assim que avistou seu pai, com as roupas trocadas, colocou tudo na mochila de forma desorganizada, colocou o lenço sobre os cabelos, avançando pelos corredores, evitando passar perto do salão enquanto ainda ajustava o zíper da bolsa. De repente bateu contra algo duro e alto, o que a levou a retroceder e cair sentada no chão, seus olhos foram rapidamente para cima, onde ela avistou o jovem alto, bem vestido, de olhos verdes cinzentos, rosto belo e postura perfeita. Era ele?Os olhos saltaram: "O que ele está fazendo aqui?"Haidar cravou seus olhos nos dela, visualizando o desejo ali. — Vou fazê-la esquecer de qualquer um que esteja depois dessa porta! — assegurou.Zahraa deu um sorriso ofegante. — Talvez você tenha que esquecer também. — brincou, recebendo um aperto acima de uma de suas coxas. — Não seja levada, não hoje. Depois do casamento, poderá ser. Princesa! Reivindicou seu corpo, beijando seu pescoço, deslizando o tecido do vestido pelo ombro, depois o outro.Ele caminhou com ela até a cama, a depositou, descendo seus beijos até sua barriga, onde trocou olhar com ela, beijou acima de sua roupa. Sentindo uma estranha sensação de amor infinito. Continuou, retirou parte de suas próprias roupas, com a atenção dela correndo em cada parte de seu corpo. Então, seminu, se aproximou, retirou os saltos dela, deixando beijos a partir dali, foi subindo o tecido do vestido, cada centímetro, um beijo.Ouvia Zahraa suspirar ao se contorcer, parecia que suas reações haviam mudado, estavam mais intensas.Aju
— Como poderia? Estávamos sem tempo antes e mal temos agora. Não é o momento e nem hora. — ficou nervosa. Haidar a encarou por um breve segundo. — Está bem, deixarei que descanse. Não estou exigindo nada agora. — Zahraa quase se esquecera de sua aura dominante. — Agradeço. — murmurou ela.Era notório que algo a estava incomodando e Haidar queria saber do que se tratava. — Onde vamos? Quero dizer… Vai me levar para casa de meu pai? — perguntou ela. "Seria isso que a incomoda?" Os olhos verdes cinzentos do príncipe, pousaram no pulso antes machucado.Lembrando-se que o pai dela era o responsável, ele negou imediatamente: — De forma alguma! — Mas ainda é minha casa. Quero dizer, onde cresci. — se corrigiu ao recordar que para seu pai a casa era apenas dele. — Já não seria em poucos dias, por quê não adiantar? — foi sugestivo. — E para onde eu iria? Não tenho outro lugar… — se auto interrompeu, notando um sorriso deslizar pelos lábios de Haidar. — Do que está rindo? — se viu cha
Zahraa ficou naquele abraço em silêncio, até o momento em que ele a afastou para observá-la. — Você está bem? Ele fez algo com você? — preocupou-se.As íris verdes de Zahraa tinham algo a mais naquele momento, uma espécie de intensidade, como se ela mesma tivesse selado seu destino. — Eu estou bem… Ele me protegeu. — viu ela varrer o lugar onde havia sido jogado a pequena bomba de pouco impacto que explodiu a porta. — Eu sinto por isso, não foi ideia minha. Eles têm o próprio jeito de fazer certas coisas. — voltou a atenção para ela, mostrando buscar algum ferimento. — Fico feliz que seu pulso tenha melhorado. — ele deu-lhe quase um sorriso discreto.Zahraa o observou. Haidar estava diferente, aparentava algumas olheiras, expressão cansada com um alívio evidente, mas ainda estava belo. — Vamos sair logo daqui, preciso que esteja a quilômetros deste lugar. — vasculhou seu entorno. Quando começou a guiá-la para fora, ela parou de repente: — Espere! — ganhou a atenção dele. — Pre
Zahraa não soube o que responder, por mais que tentasse. Omar deu um leve sorriso, demonstrando sua tristeza, o que durou poucos segundos. — Vamos! Tem algumas coisas que devemos fazer. Tem roupas no closet. — avisou, pegando a bandeja dela.Zahraa apenas concordou, se pôs de pé e se preparou, como ele havia pedido.Logo estavam no carro novamente. — O que vamos fazer? — Zahraa não havia percebido, mas falava mais calma agora, parecia que depois da história dele, não tinha mais medo.Aquilo deixou Omar feliz, mesmo que ele não demonstrasse. — Sua primeira consulta. — avisou. Os olhos de Zahraa saltaram. Eles estavam passando para a sala do médico naquele instante. — Olá, sejam bem-vindos! — o gentil senhor lhes deu um sorriso genuíno. Zahraa agradeceu com um leve aceno, Omar também o fez, usando as palavras: — Então quer acompanhá-la e verificar o progresso de seu filho? — Zahraa ficou espantada com as palavras do médico, por isso olhou diretamente para Omar. — Como eu havia d
Haidar chegou na casa onde mostrava a localização de Omar apenas para encontrá-la vazia. — Ele não está mais aqui. — lamentou ele.Um dos homens que estavam com ele vistoriaram a casa, as coisas de Zahraa estavam lá. — Iremos encontrá-la. — falou Naim. — Será mais difícil agora. — levantou o aparelho celular dela com a bolsa, ambos em cada mão.Naim suspirou. Os dois homens desceram do andar de cima com outro aparelho. — Encontramos este no quarto em que ela estava ocupando. — as palavras do homem não foram nada animadoras para Haidar. Naim percebeu a mudança do sobrinho, então caminhou até aquele que tinha o aparelho na mão: — Deixe-me ver! — Pediu.Quando o homem o entregou, ele analisou o telemóvel, para então concluir: — Ele deixou para trás. Vou analisar tudo que encontrar aqui. — mostrou a Haidar, neste o sobrinho não tinha interesse, ele havia se aferrado às coisas de Zahraa. — Faça como for melhor, tio. — o príncipe havia perdido o ânimo, estava com raiva e angústia. N
Depois de muito tentar falar com Zaya(Zahraa), Margaret começou a ficar preocupada, pois não tinha mais notícias de Omar durante o mesmo tempo. — Você ouviu algo sobre Omar? — perguntou ao sobrinho Nair. — Não. Tentei entrar em contato com ele por causa da quebra de contrato que ele fez com a dançarina. — sentado no sofá com muitos papéis sobre a mesinha de centro, ele arrumou seu óculos no rosto. —... Também sobre o contrato pré-nupcial que fez ela assinar, mas não conseguiu nem encontrá-lo em casa. — viu sua tia sentar do seu lado, pegando um dos papéis. — Ele voltou para a Arábia Saudita? Por que ele faria isso? — ela perguntou, dando uma rápida olhada no processo que Nair tinha. — O que é isso? — perguntou o mostrando a folha que havia pego, Nair recebeu sabendo do que se tratava. — Um processo contra Omar. — foi vago, assim que levantou os olhos, viu no rosto da tia que deveria soltar mais informações. — O príncipe o está processando por enganar aquela que muitos conhecem
Último capítulo