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— A mocinha não pode entrar aqui.

Mal piso além da cortina pesada e empoeirada e uma mão enorme me empurra. O cômodo é redondo e inteiramente roxo, dos estofados das cadeiras ao redor da mesa de carteado, aos tapetes, painéis quadrados do chão ao teto e as luzes piscando ao som de uma música diferente da do bar: um hip hop obsceno e estridente vibrando cada poro do meu corpo.

O segurança de pele retinta me encara com os olhos fundos e redondos, escuros como ameixas. O terno que usa é pequeno demais para a quantidade de músculos e a grande e grossa corrente de ouro no pescoço me diz que quem quer que for que o pague, paga muito bem. O punho é quase do tamanho do meu pescoço e o braço maior que a minha cabeça. Porém, estou acostumada a lidar com brutamontes, ao contrário de Luc, que se encolhe atrás de mim.

— Servem bebidas para menores, mas não deixam a gente jogar? - Empino o nariz, cruzando os braços, a bolsa pendurada na dobra do cotovelo balança.

— É coisa de gente grande. - A voz
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