Tomás me conduz para fora do jardim dos fundos, pela lateral da casa. As luzes se tornam atenuadas e não ferem mais a vista, trazendo um pouco mais de foco para meus olhos ainda úmidos e queimando por causa da tequila e do cloro da piscina.
— Mas a porta é…
— Calma, tudo bem.
Vejo carros na entrada, ocupando todo o jardim da frente. Esportivos de marcas caras e vidros escuros. Está mais quieto aqui e a guarita do porteiro ao lado do portão está com a luz apagada. Que horas… Tropeço em meus pés descalços na grama macia, mas ele me mantém segura de uma queda vergonhosa entre seu corpo e a lateral do Jaguar branco conversível.
— Tommy… - Murmuro mal sentindo os joelhos. — Estou com frio, quero ir lá para dentro.
— Vai melhorar. - Ele passa a jaqueta pelos meus ombros, pesada e grande na altura da camisola, e joga meus cabelos para frente, ajeitando-os em todo seu comprimento para baixo dos seios doloridos com a temperatura gelada. O toque é como brasa ao percorrer a curvatura deles e des