Tiro os pés da água e fico me levanto, cambaleio até a espreguiçadeira que estávamos antes. Garrafas vazias derrubadas, tampinhas por todos os lados e peças de roupas espalhadas junto a pares de sapatos sem dono. Vasculho a cestinha térmica, encontrando uma última garrafa sobrevivente. Alícia sempre tem uma e a chama de “matadora”. E sempre é tequila. Ninguém fica vivo após tequila.
— Tem certeza? - Tommy pergunta, as mãos nos quadris estreitos e a respiração ressaltando seus músculos de atleta. Balanço a cabeça, sorrindo sorrateira e o puxo pela mão até a cadeira mais próxima. Cravo as unhas no antebraço dele para ficar em pé nela e não cair.
— Aí, gente! - Berro e chacoalho a garrafa para o alto. — Shot maluco para os corajosos!
Sou ovacionada e todos os adolescentes no meu jardim começam a se acumular ao redor da cadeira, de onde desço e empurro Tomás com as pontas dos dedos. Ele se senta, olhando para mim, a boca entreaberta, incapaz de parar de me tocar. Sinto o carinho provocant