Ponto de vista de Máximo Bianchi

A casa estava silenciosa quando cheguei. O peso daquele dia parecia esmagar minhas costas, meu peito… minha alma inteira. Fechei a porta devagar, deixando as chaves sobre o aparador, respirei fundo e segui até o quartinho do meu pequeno.

Empurrei a porta branca entreaberta e dei de cara com a cena que mais aquecia meu coração: Lucas dormindo profundamente, a boquinha levemente aberta, o peito subindo e descendo num ritmo tranquilo. Me aproximei, ajoelhei ao lado do berço e passei os dedos delicadamente pelos seus cabelinhos loiros.

Dei um beijo na testa dele, absorvendo aquele cheirinho que só bebê tem. Um cheiro de vida, de pureza, de amor.

— Você nem imagina, moleque… — sussurrei, ajeitando o cobertorzinho sobre ele. — O quanto você é a nossa luz… o quanto você vai ser força pra sua nonna…

Fiquei ali por alguns minutos, apenas observando, respirando, tentando encontrar algum equilíbrio no meio do caos que meu peito carregava. Então me levantei, saí e