Ponto de vista de Máximo
O céu estava azul, limpo, como se até ele entendesse que hoje não era um dia qualquer. O jardim da Villa Bianchi estava impecável, decorado com balões brancos e dourados, flores espalhadas por todo canto, mesas longas rodeadas de cadeiras, arranjos impecáveis, e, claro, uma imensa caixa no centro, de onde sairiam as bexigas que revelariam o sexo do nosso bebê.
Família. Se existe uma palavra que define a nossa história, essa é ela. E hoje, mais uma página estava sendo escrita.
Meus olhos não saíam de Serena. Ela estava radiante. Vestido branco justo que realçava sua barriga de quatro meses e meio, cabelo solto, maquiagem leve, sorriso no rosto… e aquele olhar. Aquele olhar que me fazia esquecer que eu era um homem criado no submundo, forjado na violência, na guerra, na máfia. Naquele olhar, eu só via paz.
O jardim estava tomado. Meus pais, meus tios, meus primos, minha irmã e meu amigo e cunhado Paolo — que agora era oficialmente um irmão —, além dos pais de Se