Kieran respirou fundo e, tocando levemente as costas de Marina, a convidou a voltar para a cabana. O silêncio que os envolvia lá dentro era quase sufocante, carregado de uma tensão densa que parecia se agarrar à pele como uma bruma. Marina estava sentada na beira da cama, sentindo o calor ardente da marca pulsando sob a pele, cada batida trazendo lembranças vívidas do que havia acontecido na floresta. Os olhos da criatura, o sorriso cruel, a voz que ecoara diretamente em sua mente ainda a assombravam, e então havia Kieran — transformado, feroz, lutando lobo contra lobo com força, precisão e selvageria que parecia desafiar a própria natureza.
Ela o observava perto da lareira, o corpo ainda tenso, mãos cerradas em punhos como se contivessem algo invisível, perdido em pensamentos que pareciam pesar toneladas.
— Acha que ele vão encontrá-lo? — perguntou ela, tentando manter a voz firme, embora o coração disparado denunciasse seu medo.
Ele demorou a responder, cada segundo prolongando