O dia estava pesado, escuro, como se o céu inteiro tivesse descido um pouco mais sobre a floresta. As nuvens espessas carregavam uma eletricidade silenciosa, como se uma tempestade estivesse prestes a cair, mas a chuva não vinha. O ar parecia denso demais, difícil de respirar, e cada sopro de vento carregava o cheiro úmido de terra molhada e madeira antiga. Marina sentia o peso dessa atmosfera no corpo, mas principalmente no braço. A marca latejava sob a pele, viva, ardendo como fogo líquido que escorria pelas veias. Cada batida era um chamado — não em palavras, mas em sensações: calor, pressão, desejo, alerta, medo.
Ela estava sozinha no quarto, olhando pela janela de madeira da cabana que Kieran havia preparado para ela, mas não se sentia segura. Havia uma inquietação crescendo dentro dela desde que o sol começara a se esconder, como se a escuridão trouxesse algo que a aguardava. O silêncio da floresta não ajudava; ao contrário, a deixava em alerta. Era como se os sons que sempre pr