A madrugada se arrastava silenciosa, carregada de uma calma traiçoeira, como se o mundo tivesse segurado a respiração apenas para observar o que aconteceria a seguir. Lá fora, a floresta dormia sob a luz difusa da lua, respirando lenta e ritmicamente, cada galho e cada folha sussurrando segredos antigos. Mas dentro da cabana, o ar estava denso, quente demais, sufocante de uma maneira que tornava a respiração difícil e pesada. Cada movimento parecia ecoar mais do que deveria, cada suspiro reverberava pelas paredes de madeira como um aviso silencioso.
Marina se revirava na cama, incapaz de encontrar repouso. Desde o toque de Kieran mais cedo, a marca pulsava em sua pele sem cessar, como se fosse um coração próprio batendo fora do ritmo. Cada onda de calor subia e descia pelo seu corpo, deixando-a inquieta, quase sem controle, como se o instinto mais primitivo estivesse acordando dentro dela. Suas mãos passavam repetidamente pelo braço onde a marca ardia, tentando dissipar o fogo que par