Matteo Salvatore é um homem mais velho, dono de uma casa de alta costura em MIlão, sendo um dos nomes mais influentes da moda da região. Dono de olhos penetrantes, perfume marcante e uma língua afiada, ele se vê envolto em uma teia de segredos, quando se envolve com uma mulher mais nova. Aurora Fontana é uma jovem estudante do Instituto Marangoni, apaixonada por moda desde pequena, ela etá prestes a terminar sua tão sonhada faculdade. Com planos de ser uma estilista de sucesso e de formar uma família, Aurora se depara com uma rasteira do destino. Aquele que ela amava e pretendia passar sua vida, a traiu. Com o coração partido e uma parte de seus planos indo por água abaixo, beber se torna seu consolo. Entre drinks e danças surge um affair. Um desconhecido com quem troca flertes e toques provocativo. Com uma conexão que não conseguem explicar, els se entregam em um jogo perigo. No meio de tensão, desejo e segredos o passado parece assombrar o romance proibido que ameça explodir quando a verdade vier à tona.
Leer másAurora Fontana
Estudar moda sempre foi um sonho. A verdade é que eu sequer me lembro de quando essa vontade surgiu. Eu amava me vestir com as roupas da minha mãe, misturar texturas e estampas e sair desfilando pela casa. Com oito anos foi quando eu comecei a encher minha mãe para que ela me colocasse em curso de corte e costura, mas foi só aos dez anos que finalmente eu a convenci. Aos doze, comecei a desenhar minhas próprias roupas, mas sinceramente eu era horrível. Só aos quinze que eu melhorei consideravelmente nos desenhos e comecei a fazer pequenos cursos e oficinas voltadas para moda e design. E aos vinte eu pude finalmente ingressar na faculdade de moda tão sonhada. Morei durante boa parte da minha vida em uma cidade chamada Como e que ficava a apenas 50 quilômetros de Milão onde eu estudava. Eu não podia estar mais feliz em estar na cidade da moda e estudando o que eu amava. Milão tem sido o palco de muitas das primeiras vezes da minha vida. Foi a primeira vez que eu morei sozinha, que tive que resolver coisas de adulta sozinha e a primeira vez que eu me apaixonei. Marco Salvatore sempre foi sedutor, com pele bronzeada, cabelos escuros, mandíbula marcada e nariz afilado, foi fácil me sentir atraída e pouco depois apaixonada. Nos conhecemos um pouco antes das aulas iniciarem, no campus, quando eu fui terminar a minha matrícula. Marco era da área de marketing e já estudava ali a um ano. Ele me ajudou muito nos primeiros dias e isso nos aproximou demais. Trocamos números e conversamos bastante até que eu aceitasse sair com ele para um encontro. Era fácil estar com ele. O Salvatore era gentil, calmo e me tratava como uma princesa, nunca tive o que me queixar dele. Engatar em um relacionamento mais sério não demorou para acontecer entre nós. Nos dávamos bem e era algo tranquilo, claro que tínhamos nossas discussões, mas isso é natural de um casal. Namorar com Marco era incrível, pelo menos no início, mas depois de um ano de namoro tudo começou a desandar. Mas as coisas começaram a desandar após uma conversa sobre o futuro. Eu queria ter um acarreira promissora, mas também queria me casar, ter uma casa e filhos que a deixassem agitada. E Marco não. Ele era avesso a ideia de um casamento e isso me frustou. Eu achei que em algum momento nós entraríamos em concenso. Mas isso não aconteceu. Uma barreira se formou entre nós e algumas coisas passaram a me incomodar. Marco já não me ligava ou passava mensagem com frequência, nossas saídas se tornaram raras e o contato que tinhamos eram rasos. Seu afastatamento foi notório até para os meus pais que estavam longe. A situação doeu mais do que eu queria admitir.E a culpa me atingiu forte durante as primeiras semanas. O choro que saía de mim escorreu durantes incontavéis dias, foram noites sem dormir planejando uma reconciliação, mas não denpendia só de mim. Meu coração quebrou pela primeira vez. Até que passou a ser indiferente pra mim. Parei de procurar por ele, evitei mandar mensagem e tudo começou a se tornar morno. O namoro foi se empurrando com a barriga e eu foquei mais nos projetos que eu estava envolvida e na entrega de currículos para estágio. Não sei ao certo quando o nosso contato retomou de maneira mais afetiva e, por um momento, parecia que nós tínhamos voltado a ser um casal como no inicio do namoro. Marco me levou a jantares incrivéis, passeios românticos, viagens inesquecíves e noites quentes como o verão italiano. E eu achei que estava tudo bem, realmente achei. Até que mais uma vez tudo se tornou frio. Mas dessa vez eu estava decidida a dar um ponto final nesse relacionamento e a não sofrer. Eu só precisava descobrir o que mais uma vez abalava meu namoro.Mateo SalvatoreExausto era pouco para como eu estava me sentindo. Suspirei e tirei o terno, desabotoei alguns botões da camisa branca e folguei a gravata do pescoço. As luzes do meu escritório estavam baixas, e vi quando as últimas luzes da casa de costura começaram a se apagar.Me servi de uma dose de Campari e peguei meu celular, que estava intocado desde o horário de almoço. Em uma das mensagens passadas, uma chamou a atenção. Lorenzo havia mandado dezenas de mensagens perguntando se o compromisso para o clube Éter ainda estava de pé.Ponderei por alguns segundos antes de responder com um “sim”. Me levantei e terminei a dose que havia começado. Peguei o blazer e segui para o carro.Não era uma má ideia tomar algumas doses, observar as pessoas e relaxar um pouco. Fazia anos que eu não saía apenas com o meu amigo; sempre estava envolvido em grandes eventos e desfiles de moda. A SALV Maison era a minha vida desde que minha mãe me colocou para trabalhar junto com ela na gestão. A ques
Aurora FontanaAs aulas tinham voltado. Eu submeti meu currículo a algumas casas de costura e já tinha até passado por alguns processos seletivos, mas ainda não tinha sido chamada por nenhuma delas.Minhas expectativas estavam altas. E ainda estava esperando ser chamada por mais uma casa. Era uma casa de alta costura, sim. Mas eu acreditava no meu potencial. E, modéstia à parte, meu estilo combinava com o da casa. As criações da SALV eram sensuais e elegantes. Eu gostava muito de criações assim.Desviei o olhar para o slide que a professora passava e, de novo, para o meu celular, aberto na conversa com Chiara. Comentei com ela sobre a minha última saída com Marco e sobre como ele estava estranho. E estava esperando uma resposta dela.Desde o nosso último encontro, eu e Marco não estávamos nos vendo. E nosso relacionamento estava de mal a pior. Eram poucas as vezes em que conversávamos, e a maioria era quando nos encontrávamos pelos corredores da universidade.Eu não queria dar uma de
Aurora FontanaAs aulas estavam praticamente começando e eu não tinha a menor vontade de retomar pra universidade. Eu era apaixonada por estudar moda, mas durante o período letivo tudo parecia virar um grande furacão — e estar no meio dele era desesperador.Então, uma semana a mais — ou dois meses — entre retalhos, croquis e uma bagunça de linhas era muito mais reconfortante. Infelizmente, essa não era a realidade. Eu já me preparava para em breve retomar a rotina de aulas. Muitas coisas prontamente organizadas, como material e os eletrônicos que eu usava, mas a faxina do ateliê ainda era tarefa pendente.Essa era uma das primeiras vezes que eu não voltava para Como logo no início das férias e ficava por lá até que um novo semestre se iniciasse. A saudade de casa era imensa, mas, dessa vez, eu estava empenhada em uma nova oficina de corte e costura que havia começado e também na procura de um estágio. Faltava um ano até que a minha graduação terminasse e eu queria muito já começar em
Aurora Fontana Estudar moda sempre foi um sonho. A verdade é que eu sequer me lembro de quando essa vontade surgiu. Eu amava me vestir com as roupas da minha mãe, misturar texturas e estampas e sair desfilando pela casa. Com oito anos foi quando eu comecei a encher minha mãe para que ela me colocasse em curso de corte e costura, mas foi só aos dez anos que finalmente eu a convenci. Aos doze, comecei a desenhar minhas próprias roupas, mas sinceramente eu era horrível. Só aos quinze que eu melhorei consideravelmente nos desenhos e comecei a fazer pequenos cursos e oficinas voltadas para moda e design. E aos vinte eu pude finalmente ingressar na faculdade de moda tão sonhada. Morei durante boa parte da minha vida em uma cidade chamada Como e que ficava a apenas 50 quilômetros de Milão onde eu estudava. Eu não podia estar mais feliz em estar na cidade da moda e estudando o que eu amava. Milão tem sido o palco de muitas das primeiras vezes da minha vida. Foi a primeira vez que eu mor
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