O pai milionário do meu namorado cafajeste.

O pai milionário do meu namorado cafajeste.PT

Romance
Última atualização: 2025-06-12
Autora Agatha Caeiro  Atualizado agora
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Resumo
Índice

Quando Natalia informa o seu namorado, Benny, que ela está grávida e eles vão ter um filho, ele desaparece da face da terra. No entanto, Natalia, que não está passando por um bom momento econômico, está embarcando em uma busca para fazer com que agora o seu ex-namorado cumpra as suas obrigações como pai. O que ela não esperava, era saber que Benny não era realmente pobre como ele dizia. Benny, na verdade, era um herdeiro milionário que tinha saído numa viagem por meses. Então, quando o pai de seu ex-namorado promete cuidar dos dois enquanto o seu filho não aparece, as linhas são turvas e Natalia começa a se apaixonar pelo pai do seu ex-namorado e avô do seu filho.

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Capítulo 1

Meu sonho arruinado

NATALIA

Quando entrei na ESCOLA DE BALÉ AMERICANO, as minhas pernas tremiam. Passei a mão pelos cabelos, certificando-me de que nenhum fio estivesse fora do lugar. Limpei o suor que se formava nas palmas das mãos sobre o tecido do meu collant preto.

Enquanto eu subia as escadas, Allison, a minha melhor amiga, gritou comigo do segundo andar e, em seguida, desceu graciosamente os degraus da mesma maneira, até mim. Ela pousou ao meu lado e entrelaçou o braço no meu.

— Como você está? Ela perguntou com um entusiasmo forçado. — Nervosa?

— É, e se algo der errado? Sussurrei para que as minhas outras colegas, que estavam subindo ou descendo, não me ouvissem.

— Nada vai dar errado! Allison praticamente gritou, e revirei os olhos enquanto um sorriso se espalhava pelo meu rosto. — Essa estrela é sua! Ela me abraçou pelos ombros. Como sempre, ela não percebeu, mas muitos olhares estavam voltados para nós.

— Shhh. Pedi que ela ficasse quieta, mas ela não se importou.

— Eu adoraria vê-las morrer de inveja! Ela continuou. — Eu já vejo os pôsteres... Natalia Brown como "A Bela Adormecida". Suas mãos se moveram no topo da cabeça, simulando a pose do pôster.

— Vamos lá, não se gabe, isso vai me dar azar! 

Mas, ela não me ouviu.

— E Allison Smith como a árvore número cinco. Eu ri dela, e então Allison caiu na gargalhada também.

— Sério. Eu disse a ela enquanto subíamos o último degrau e nos dirigíamos ao salão de baile. — Não consegui dormir a noite toda. Eu também não deixei o Benny dormir. Sussurrei. — Estou muito nervosa. Levei o polegar à boca e mordi o canto da unha.

— Todos sabemos o quanto você se esforçou para conseguir esse papel principal. Ela me fez abaixar a mão para não estragar as unhas. — Você foi aplaudida de pé em 'O Quebra-Nozes', e não era a protagonista, então não precisa se preocupar. Vamos pensar em onde vamos comemorar.

Eu não conseguia pensar nisso, não agora. Na verdade, a minha cabeça girava na mesma coisa repetidamente. O ápice do trabalho intenso que fiz na academia por anos.

O meu pai, de quem eu sentia muita falta, sacrificou o seu dinheiro e uma vida melhor para pagar as minhas aulas de balé desde muito jovem.

A escola e os meus estudos nunca foram a minha prioridade, então o meu pai usava a dança como incentivo, e foi por isso que eu tirava as melhores notas. Terminei o ensino médio quando o meu pai percebeu que o meu sonho não era ir para a faculdade. Ele me deu total apoio para que eu pudesse me mudar para Nova York quando consegui uma bolsa de estudos para a melhor academia de dança dos Estados Unidos.

O meu pai ainda me ajudava com um dinheirinho, para que eu não perdesse o foco no que era mais importante: dançar.

E saber que muito em breve eu o recompensaria por tudo o que ele havia feito por mim me deu vontade de chorar.

A minha certificação havia terminado e agora, depois de tanto esforço, Eu ganharia o meu primeiro grande salário na indústria. Poucas pessoas tiveram tanta sorte quanto eu, ou até mais, neste setor rigoroso. Poucas pessoas colheram os frutos de seus esforços.

Eu realizaria o meu sonho: teria o meu papel principal no Lincoln Center e, se tudo desse certo com o espetáculo, assinaria um contrato com o NYCB (New York City Ballet).

O sonho estava apenas começando.

Quando entramos na sala de aula, metade dos meus colegas já estava esperando. Alguns se alongavam na barra, outros aperfeiçoavam as suas poses em frente ao espelho, outros se ajudavam com flexões no chão, enquanto os preguiçosos sentavam-se de pernas cruzadas no chão.

Os demais alunos entraram aos poucos, até que um silêncio mortal tomou conta da sala, e imediatamente nos levantamos. Gerald Thompson, o nosso diretor da peça, havia feito a sua entrada.

— Sentem-se. Ele fez um gesto para que todos se sentassem ao seu redor e sentou-se na cadeira no meio da sala. Os meus olhos imediatamente se voltaram para o colo dele, onde uma pasta de couro continha o que todos queríamos saber: os papéis que cada um interpretaria. Eu estava tão nervosa que o meu coração batia rápido demais. Segurei a mão de Allison com força, e ela me tranquilizou colocando a dela sobre a minha. — Isso vai ser rápido, então, por favor, fiquem quietos.

— Quem interpreta Aurora. Ele fez uma pausa, colocou os óculos e abriu a pasta. — É Allison Smith.

O meu peito apertou, balancei a cabeça e olhei para minha amiga, me perguntando se aquilo era algum tipo de piada, mas ninguém estava rindo, e ela parecia tão consternada quanto eu.

Ninguém podia refutar ou interromper Gerald, então não disse nada. Ninguém disse. Apenas notei que todos me olhavam, alguns com meio sorriso, outros com pena. Mas o fato, é que nos duas estavamos nos sentindo péssimas.

— Não sei o que aconteceu, mas você ainda pode conseguir o papel de bruxa ou fada madrinha. Allison me incentivou em meu ouvido enquanto eu aplaudia a sua conquista, assim como todos os meus outros colegas.

Allison não comemorou, não disse nada. Ela era a minha melhor amiga.

— Erick Ellington, como Príncipe Philip. Houve parabéns, aplausos mais altos, tapinhas nas costas.

Todos esperávamos que Erick conseguisse o papel principal, e foi o que aconteceu.

Então, o que diabos aconteceu comigo?

O meu coração afundou quando o papel de antagonista foi dado a outra colega. A minha visão ficava mais turva à medida que a lista avançava, e o meu nome não foi mencionado nenhuma vez.

Contive as lágrimas o máximo que pude. A lista terminou e Gerald se levantou.

— Espero vocês amanhã para começar os ensaios às dez da manhã. Quem não estiver aqui cinco minutos antes está fora.

Todos nos levantamos e começamos a nos parabenizar antes que o nosso diretor fosse embora. Allison aceitou cordialmente todos os parabéns, mas a sua mão não deixou a minha por um segundo.

Gerald estava na metade do caminho quando se virou e me olhou com um olhar profundo e intenso de aborrecimento.

—‍ ‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌Você tem muita coragem de aparecer, hein... Ele disse, fazendo com que todos prestassem atenção, em nos dois.

— Não sei do que o senhor está falando. Hesitei, e era verdade.

Na verdade, eu estava esperando que ele saísse da sala de aula para poder correr atrás dele e não exigir explicações, mas sim implorar ou até me ajoelhar para receber o papel da maldita árvore número cinco.

— Você achou que não notaríamos o seu estado? Franzi as sobrancelhas ao ouvir isso. Ele se inclinou para mais perto de mim, e o medo me dominou, me deixando um pouco instável.

— Que estado? Perguntei. — Eu não bebo, não uso drogas, não sei do que o senhor está falando. Lágrimas escorriam pelo meu rosto sem a minha permissão. — Se precisar, farei os testes de novo. Não fiz nada de errado. Assegurei-lhe, com a voz trêmula.

— Se você fizer os testes de novo, não vai haver gravidez? Abri os olhos e ouvi todos suspirarem em uníssono atrás de mim. — O bebê vai desaparecer magicamente?

— Bebê? Sussurrei. — Eu não...

A minha cabeça girou e precisei fechar os olhos. Segurei Allison, e outra pessoa agarrou o meu braço oposto.

— Você ainda vai negar? Gerald soltou uma risada irônica. — Olha o estado do seu corpo. Ele estava apontando para mim quando abri os olhos. — Eu ia falar com você. Você engordou dois quilos nas últimas semanas, mas que choque descobrir que tinha um bebê na sua barriga.

— Eu não... Tentei explicar.

— Você queria ver a cara de todo mundo na academia, droga! Ele gritou, me fazendo chorar ainda mais.

— Eu não sabia! Gritei, hesitante.

— Bem, não há mais nada a fazer. Se você ainda quer isso, e pelo menos um papel extra ou coadjuvante, resolva isso e volte para a próxima.

Sem dizer mais nada, ele se virou e caminhou em direção à porta com passos pesados ​​e cheios de raiva. Fechei os olhos com força quando a sua mão bateu na parede. Assim que ele desapareceu, desabei.

Caí no chão, Allison comigo, e ela me abraçou. Ela me abraçou com força. Agarrei-me aos seus braços, encharcando o seu collant preto com as minhas lágrimas enquanto sentia o abraço dos meus colegas, o conforto que eles tentavam me dar.

Mas nenhum abraço, nenhuma palavra, absolutamente nada poderia me aliviar naquele momento.

A minha vida estava arruinada.

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