Assim que estacionei em frente ao restaurante, matei o motor e girei o rosto em direção a ela. A expressão tranquila que ostentava enquanto olhava pela janela quase me fez esquecer o motivo de estar ali, quase. Respirei fundo, saí do carro e dei a volta, abrindo a porta para ela. Pequenos gestos sempre tiveram poder… e eu sabia usá-los muito bem.
— Obrigada — murmurou, descendo com aquele ar sereno, como se não percebesse a tensão que me corroía por dentro. Entrei ao lado dela, ignorando os olhares que invariavelmente se viravam para nós quando atravessávamos o salão. Não era arrogância pensar isso, era fato. Ainda mais quando eu puxei sua cadeira para que se sentasse, e ela me encarou com aquela sobrancelha arqueada, meio surpresa, meio desconfiada. — Então… — ela começou, ajeitando-se no assento — seus amigos já falaram alguma coisa sobre o meu carro? Me recostei, pedindo um suco ao garçom antes de