O celular vibrou sobre a mesa novamente. Me assustei com o som, quase largando-o no chão. A tela acendeu e, pela primeira vez em horas, meu coração disparou, não de medo, mas de algo que não sabia nomear.
Era uma mensagem de Isabela.“Consegui seu número pelo sistema. Só queria saber se você estava bem… você não apareceu.”Fiquei parado, encarando a tela. Minha mão tremia ligeiramente. As palavras dela eram simples, mas tinham peso. Alguém se preocupando comigo de verdade. Alguém que não sabia de nada, mas que ainda assim se importava.Respirei fundo. Eu estava fendendo álcool então tomei um banho e vesti uma roupa limpa, coloquei um óculos para disfarçar as olheiras, ajeitei meu cabelo que ainda estava bagunçado, peguei a chave do carro na gaveta e decidi: não podia mais ficar parado.A oficina dos meus amigos ficava a alguns quarteirões, e o carro de Isabela estava pronto, como ela havia pedido. Cheguei lá, bati na porta e logo o mecâni