Duas pessoas enganadas pelo destino. Ele é como seu nome diz. Cerberus o cão do Inferno, criado sem amor, sem carinho, para ser alguém cruel, cuja a sua maior qualidade é matar. Cerberus não conhece a compaixão e por isso não demonstra para com os outros. Seu caminho se cruzará com a jovem e inocente Helena, a doce Helena viveu presa em um internato cheia de luxos e privada do mundo. A vida de Helena vira de cabeça para baixo, quando se encontra grávida e nem mesmo sabe como aquilo aconteceu, pois nem ao menos um beijo ela deu em sua vida. Cerberus se verá consumido pelo ódio, pois se tinha algo de bom, se nele havia algum sentimento bom, era o sentia por Helena. Ele jurou a si mesmo matar a criança e o pai, assim teria Helena apenas para ele, mas algo inacreditável o faz recuar. Ao olhar o pequeno menino, antes mesmo de um exame ele tem certeza. Aquela criança é filho dele. E agora será que o amor poderá surgir depois de tantos enganos, será que Helena será capaz de amar um homem que vive na escuridão? Uma história cheia de reviravoltas, e ação, que fará você suspirar.
Leer másHelena não pensou que existisse tamanha dor...
— Respire senhora Helena, respire! — A médica dizia a todo momento, enquanto a preparava.— Sou senhorita! — Ela respondeu e gritou com a dor.— Está bem senhorita. Vamos colocar essa criança no mundo.Helena apenas concordou com a cabeça. Pensou que nada ali estava certo, que ela não deveria ser mãe.A médica a anestesiou, agora podia cortar a carne de Helena sem querer ela sentisse tanta dor.Helena olhava a todo momento para baixo, curiosa, pensava que dali não sairia bebê nenhum, que seu caso era outro e quando descobrissem, ela já estaria morta. Infelizmente, um tecido separava ela da visão.Por fim, a dor parou. Helena se questionava se havia morrido, se sua vida tinha chegado ao fim e por isso, não era mais capaz de sentir dor.Junto com o alívio da dor ter cessado, veio um sentimento novo e forte. Seu coração batia descompassado, como se visse o amor de sua pela primeira vez.O choro fino, baixo e infantil tomou conta do ambiente, deixando Helena emocionada também.— Um menino, senhorita. É um menino. — A voz da médica era alegre e aquecia o coração de Helena como o sol.— Quero vê-lo, deixe-me ver o meu filho. — Helena pediu com a voz embargada. Se coração quase parou quando sentiu o pequeno bebê ser depositado em seu colo. — Olá meu amado filho! Estou muito feliz em ter você.Helena chorou e se culpou, pensou em todas as vezes que amaldiçoou sua gestação, da confusão de sentimentos e até mesmo do dia em que pediu a uma professora do internato que lhe desse algum remédio abortivo.— Qual será o nome, senhorita?— Nome? — Ela indagou e olhou o bebê se acalmar em seus braços, sorriu pensando que valeu a pena, que a dor valeu por ter como segurá-lo em seus braços. Pensou nas aulas de história e mitologia, seu filho tinha o rostinho delicado e angelical. — Ele se chamará Eros. Assim como o cúpido. — Ela riu da referência. pensará que aquele era o seu primeiro amor. O seu filho.Logo depois Helena foi levava para um quarto isolado, ali ela ficaria com Eros.— Senhora, meus pais não vieram? — Helena perguntou.— Não querida, sabe que desde o início da gestação que eles não aparecem por aqui, avisamos do nascimento, mas estão irredutíveis, não querem lhe ver.O coração de Helena se partiu naquele momento, tinha um filho e mais nada. Não tinha um marido, um pai para o seu bebê, um emprego ou apoio da família, tinha apenas Eros.— Como vou cuidar dele? Como conseguirei o que ele precisa? — Helena se preocupou. O que poderia fazer da vida agora que era mãe e não tinha nada e nem ninguém.— Assim que se recuperar do parto, fale com a diretora, peça um emprego aqui mesmo e siga em frente.... Bom, pode pedir ajuda a o pai da criança, basta dizer quem é. — A senhora que a levou para o quarto disse.— Não posso, pois não sei quem é o pai, afinal, nunca estive intimamente com um homem.A senhora riu de lado, pensou que Helena era muito boba de repetir isso, pois ninguém, jamais acreditaria nela.— Seu filho está fazendo alguns exames, descanse, logo ele estará com você.A senhora saiu do quarto e Helena chorou sozinha, chorou aflita por não saber o que seria dela ou de seu filho, chorou pensando que tudo aquilo só podia ser um pesadelo, e que talvez quando acordasse nem mesmo Eros existiria, por esse lado, ela não queria que fosse um sonho, pois já amava seu bebê, o pequeno cupido Eros, havia flechado seu coração.Meses DepoisO quarto de hospital estava banhado pela suave luz do fim de tarde de outono. Helena, exausta, mas radiante, segurava nos braços a pequena menina que acabara de trazer ao mundo. Seus olhos marejados de emoção encontraram os de Cerberus, que não conseguia tirar o sorriso do rosto. Ele tocou com delicadeza a minúscula mão da filha, sentindo o coração transbordar de amor. Dessa vez não perderia nada.— Ela é perfeita — murmurou ele, com a voz embargada. — Assim como você. — A olhou com amor.Helena sorriu, os cabelos úmidos colados à testa. Olhou para o outro lado do quarto, onde Eros dormia tranquilamente no bercinho do hospital, alheio ao fato de que agora era um irmão mais velho.Pouco tempo depois, a porta se abriu e Hera entrou, acompanhada por Apollo e Selene. Nos braços de Selene, um pequeno bebê descansava sereno, Perci estava envolto em uma manta azul-clara. Hera se aproximou com um sorriso terno, os olhos brilhando com orgulho.— Minha querida, você foi maravilhosa
O dia amanheceu com uma energia diferente. Apollo e Cerberus se encontraram no escritório principal da empresa Olímpio, prontos para assumir o legado da família. A sala de reuniões estava repleta de acionistas e funcionários de alto escalão, todos atentos ao que os dois primos tinham a dizer.Hera também estava lá, fazia questão de nomear aqueles que seriam os CEOs da empresa Olímpio dali em diante.— Acho que todos sabem as leis que regem minha família. Do testamento eterno criado para evitar quw irmãos, primos e pessoas da mesma família se matem em nome de poder. Mesmo assim meu marido, e meu próprio filho buscaram brechas para fazê-lo. — Hera engoliu seco a decepção. — Pensei que tudo havia se perdido com a morte de Hades, mas a aparição de meu sobrinho Apollo mudou tudo.Os homens cochicharam, os termos do testamento não estavam claros naquele momento.— Vou explicar. A herança, todo império de minha família, pertencia a mim e minha irmã. Pois meu pai foi filho único, pois aquele
Apollo observou Hera por alguns instantes antes de tomar coragem para contar a verdade. Agora que Teseu estava morto, ele não precisava mais esconder quem realmente era.— Há algo que você precisa saber sobre mim, Hera. — Sua voz estava firme, mas carregada de emoção contida. — Eu sou filho da sua irmã.O rosto de Hera empalideceu e seus olhos se arregalaram.— O quê? — Ela murmurou, levando uma das mãos ao peito. — Isso... isso não pode ser verdade.Hera sentiu seu peito apertar. Lembrava-se com carinho da irmã e sentia em seu peito a ausência dela.— É, sim. Minha mãe foi envenenada, assim como você estava sendo. Meu pai descobriu tarde demais. Ele soube que Teseu tinha uma empregada de confiança na casa deles, alguém que poderia me colocar em perigo. Para me proteger, ele anunciou que eu morri no parto. Como eles haviam se casado com separação de bens, meu pai não tinha mais nenhum vínculo com a família Olímpio, ele cuidou de mim, me criou sozinho, como alguém humilde que era. — Ap
A manhã estava serena no sítio, o canto dos pássaros ecoava pelos campos quando um dos empregados de Hera, foi a procura de Cerberus, ele estava de folga e aproveitou para avisá-lo de algo importante. Sua expressão era pesada e preocupada.— Senhor, sua mãe… Ela não está bem. Os médicos não sabem o que é. — Ele não tinha muita informação, e Hera não podia ligar para o filho, foi uma proibição de Teseu. O sangue de Cerberus gelou. Ele não perdeu tempo e chamou Apollo, que percebeu a tensão no amigo e foi com ele sem questionar. O caminho até a casa de sua mãe pareceu interminável.Ao chegarem, encontraram Hera deitada, o rosto pálido e os olhos sem o brilho de sempre. Cerberus se ajoelhou ao lado da cama, segurando a mão dela.— Mãe… O que está acontecendo com você? Vamos ao hospital agora!Hera abriu os olhos e sorriu fraco, seu corpo podia estar dolorido, mas seu coração estava feliz de ver seu filho.Teseu, que estava no quarto, interveio de imediato.— Já providenciei um médico, e
O sol dourado refletia na superfície tranquila do lago, pintando um cenário sereno enquanto Cerberus segurava seu filho nos braços. Eros brincava com uma pequena bola colorida, rindo cada vez que seu pai fingia pegá-la antes que ele pudesse agarrá-la. Helena estava ao lado deles, observando a cena com um sorriso terno.— Ele está crescendo tão rápido… — ela murmurou, passando a mão pelos cabelos do filho.Cerberus assentiu, seus olhos fixos no bebê que segurava a bola com firmeza. Então, em um movimento desajeitado, Eros arremessou a bola para frente, fazendo-a rolar alguns metros à frente. O pequeno franziu a testa, como se entendesse que precisava buscá-la. Engatinhou rapidamente até onde a bola havia parado, agarrou-a novamente e, ao tentar voltar para os pais, apoiou-se nos próprios pés.Helena prendeu a respiração ao ver o filho hesitar por um segundo e, então, dar o primeiro passo. Um, depois outro. O menino caminhava com as perninhas ainda incertas, mas determinado a voltar par
O sol já havia se posto no horizonte quando Helena finalmente conseguiu respirar aliviada. Seu filho, Eros, estava seguro em seus braços, dormindo profundamente depois de tanto chorar. O peso da angústia que a consumia nos últimos dias se dissipava pouco a pouco, substituído por um misto de gratidão e alívio.Cerberus observava a cena com um olhar firme, mas dentro dele, a tempestade da batalha ainda rugia. Ele se aproximou de Helena e passou um braço ao redor dela, oferecendo o conforto silencioso que sabia que ela precisava.— Ele está seguro agora. — Cerberus disse, sua voz rouca pela exaustão.Helena olhou para ele, seus olhos cheios de perguntas e preocupações.— O que aconteceu? Como você o encontrou? — sua voz era suave, mas carregada de ansiedade.Cerberus suspirou e segurou uma das mãos dela.— Fomos ao endereço de seus pais, não havia nada lá, depois resolvemos seguir Hades, isso tinha o dedo dele, eu tinha certeza, ele nos levou até onde seus pais e Eros estavam. E tem mais
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