O dia seguinte amanheceu com um silêncio pesado na casa de Ryan. A noite tinha sido quase insones para Ayla e Juan, que se revezaram vigiando o sono de Emma como se esperassem que Alison surgisse do nada para levá-la.
O café da manhã foi curto, tenso. Emma se recusava a comer muito. Juan segurava a xícara de café como se fosse uma âncora. Ayla passava manteiga no pão para ela com um cuidado mecânico.
— Nós vamos sair um pouquinho hoje, tá bom? — disse Ayla, tentando soar leve.
Emma ergueu os olhos, sérios.
— Pra onde?
Juan pigarreou.
— Você vai conversar com uma pessoa muito legal. Ela ajuda crianças a falarem sobre coisas que deixam elas tristes ou com medo.
Emma franziu o nariz.
— Eu não tô triste.
Juan trocou um olhar com Ayla.
— A gente só quer te ouvir melhor, florzinha.
Emma suspirou, mexendo no suco.
— Tudo bem.
Na clínica, o ambiente era claro, com brinquedos coloridos no chão, paredes pintadas com desenhos de bichos. Ainda assim, parecia frio para Juan. Ele odiava estar