Capítulo 16

Laís

Eu conheço o Érico desde que ele era só um moleque magrelo, andando de cabeça baixa pelos corredores da Monteverde Construtora.

Meu pai sempre fez questão de lembrar que o velho Monteverde e ele eram sócios — amigos de negócios, como ele gostava de dizer, mas eu sempre entendi que tinha sujeira no meio. E eu… fui treinada pra me aproximar do Érico.

Ele era o peão mais fácil de usar.

O velho Monteverde tinha aquela mania de me ver como a bonequinha perfeita: “Aproveita o que a vida te deu, minha querida. Esses olhos, essa pele… são armas.”

Aprendi cedo a transformar meu corpo num campo de batalha.

O Érico não tinha a mesma alma suja do pai, mas isso não me impedia de jogar o meu jogo.

No fundo, todo homem se derrete quando eu decido sorrir.

No começo, ele tentava segurar a pose, com aquele olhar de quem quer dizer “não”.

Mas a carne sempre fala mais alto.

E eu sou feita de carne, de curvas e de olhos que dizem o que precisa ser dito.

Minhas mãos desciam pelo peito dele, e a respir
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