Capítulo 81

Maria Eduarda

Onde já se viu, velho babaca! Teve a cara de pau de voltar aqui...

Quando vi aquele homem cruzando a porta da pensão, a primeira coisa que me bateu foi surpresa. Um susto seco, na lata. Depois veio a lembrança: o fora que eu dei com gosto. Ainda tinha a história do Érico ter achado por quase toda a vida que era filho dele. Dizem que até se sentiu aliviado ao descobrir que não era. E agora, o sujeito me aparece?

Eu tava limpando a sala, num ritmo bom, até leve. Trabalhar ali na pensão me fazia bem, me dava rotina. Mas foi só ele me lançar aquele olhar, que o sangue ferveu. Raiva na veia. E, pra meu desgosto... um troço a mais. Algo que eu preferia não pensar. Não ali. Não agora.

Nem morta. Fora de cogitação.

— O que tá fazendo aqui? Eu já não disse que não queria mais lhe ver?

Ele teve a audácia de sorrir. E ainda me solta:

— Calma, minha flor do Nordeste...

Ah, pronto.

Quando ele disse aquilo, meu sangue pernambucano borbulhou que nem panela de feijoada esquecida no fog
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