A madrugada passou devagar.
Ashiley dormiu, mas não descansou.
Cada vez que fechava os olhos, via flashes: o paparazzi, o carro branco, o rosto de Pietro no portão.
Quando desceu para o café da manhã, Gustavo já estava lá.
Camisa social, mangas dobradas, café pela metade.
Olheiras leves — quase imperceptíveis para qualquer um.
Mas não para ela.
— Temos informação nova — ele disse, assim que ela sentou.
— Sobre o carro?
— Sobre tudo.
Marina entrou na sala com um tablet na mão.
— A equipe rastreou o veículo que estava rondando a casa — começou ela. — E… é pior do que pensamos.
Ashiley se ajeitou na cadeira.
— Fala.
— O carro está registrado no nome da filial logística da Santoro Group — explicou Marina —, mas quem estava dirigindo não era funcionário. Nem terceirizado. Nenhum dos nomes bate com o sistema deles.
— E quem era? — perguntou Ashiley.
Marina respirou fundo.
— Um ex-funcionário do Pietro. Demitido há dois meses. Sem registro formal. Sem endereço fixo.
Gustavo fechou a mão sobr