A casa inteira parecia mais silenciosa depois da confusão com Pietro.
Ashiley subiu para o quarto, mas não conseguiu ficar parada.
Andou do closet para a janela, da janela para a cama, e nada fazia o peito desacelerar.
Não era só o susto.
Era Gustavo.
A forma como ele perdeu o controle.
A forma como falou que não suportaria vê-la machucada.
A forma como olhou para ela…
como se existisse mais ali do que deveria.
Ela encostou a testa no vidro frio da janela.
“Mais do que ciúme.”
As palavras dele ecoavam como se tivessem sido ditas há um minuto.
Ashiley não sabia o que fazer com aquilo.
Ignorar?
Rejeitar?
Aceitar?
Nenhuma resposta parecia segura.
O telefone vibrou.
Mensagem de Marina:
“Gustavo saiu da mansão. Disse que precisava de tempo.”
Ashiley sentiu algo apertar na barriga.
Um desconforto imediato, inesperado.
Tempo.
Distância.
Ela quem pediu isso.
Ela quem colocou o limite.
Então por que doía agora?
Tentou se convencer de que era alívio, mas não era.
Era falta.
As horas passaram le