Helena
O beijo que nos une não é mais um simples encontro de bocas. É uma invasão. É ele me roubando a respiração, me obrigando a dar o que eu não consigo negar. Cada investida da língua dele é um golpe contra minhas últimas defesas.
Meus dedos tremem quando tento empurrá-lo, mas no segundo seguinte o agarro ainda mais forte, como se precisasse dele para continuar respirando. O peito dele arde contra o meu, quente, firme, como se fosse uma parede inquebrável.
Felipe me ergue de repente, e um som rouco escapa da garganta dele — meio desejo, meio fúria. Sou jogada de volta contra o sofá, o corpo dele me prendendo, as mãos explorando cada curva como se quisessem mapear, dominar e tomar posse.
— Você acha que pode se esconder de mim? — ele sussurra contra meu ouvido, a voz carregada de ameaça e desejo. — Acha que o silêncio vai te salvar, Helena?
Fecho os olhos, o coração disparado, sentindo o calor da respiração dele queimando minha pele.
— Eu só… eu só queria te proteger…
Ele morde meu