Narrado por Hellen
Olhando para as duas pessoas que mais me amavam e se importavam comigo, suspirei pesadamente sabendo que ambos realmente tinham razão, mas queria que eles me entendessem.
— Eu sei — sussurrei. — Mas se eu não viesse, Sylvia ia dizer que estou instável. O julgamento é amanhã... não posso parecer frágil.
— Que se dane Sylvia — rosnou baixo. — Revirei todas as contas, dela e seus registros, com meus advogados. Você só não está presa porque joguei sujo para salvaguardar você e nossa filha. E não aceito mais ver você arriscando a sim mesma e a ela, por conta dessa idiota, está me ouvindo?
O termo “nossa filha” fez meus olhos se fecharem — não por fraqueza, mas porque a palavra ainda doía pra acreditar. Ele me abraçou devagar, como se eu fosse de vidro.
— A única preocupação agora é você — murmurou contra meu cabelo. — E nossa bebê.
Luana assentiu.
— Amanhã, no julgamento, você precisa estar calma. Estável. E protegida de tudo que possa te fazer mal. Vocês entenderam?
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