Narrado por Sérgio
Quando Hellen foi empurrada para dentro da sala de cirurgia, senti como se uma parte do meu peito tivesse sido arrancada junto. Ela apertou minha mão, encostou a testa na minha e sussurrou para eu orar.
“Orar? Logo eu, que sempre fui cético? Eu, que nunca acreditei em nada além de fatos, força e controle?”
Mas quando a porta fechou atrás dela… Eu percebi que não tinha nada disso naquele momento.
O que eu tinha era medo, e amor. Um amor tão grande que beirava a loucura. Eu comecei a andar de um lado para o outro no corredor, a mão no rosto, o coração como se tivesse no estômago. E pela primeira vez na minha vida… eu falei com Deus.
"Se… se estiver me ouvindo… cuida delas. Só isso. Deixa minha mulher e minha filha bem. Eu não sei como orar, não sei o que dizer. Mas se correr tudo bem, eu prometo que… que vou tentar ser um homem melhor. Não religioso — eu não sei ser isso. Mas… mais voltado para as coisas que importam. Para a fé que ela tem. Para a paz que eu nunca tiv