Os dias seguintes se arrastaram em um equilíbrio estranho entre o caos interno e a aparência de normalidade. Eu me refugiava no trabalho, mergulhando de cabeça em relatórios, revisões dos meus manuscritos e reuniões intermináveis. Era como se ocupar minha mente fosse a única forma de manter meus medos em segundo plano.
Lisa, como uma sombra protetora, não desgrudava de mim. Sempre que podia, aparecia na editora ou passava no meu apartamento com sacolas de comida, filmes novos e sua presença elétrica, que conseguia iluminar até os meus silêncios mais densos. Às vezes eu reclamava, dizendo que ela tinha sua própria vida para cuidar, mas, no fundo, aquela insistência era um abraço silencioso que eu não sabia como agradecer.
Min-ho, por sua vez, se tornara uma presença ainda mais constante, mesmo quando não estava fisicamente perto. As mensagens dele chegavam como pequenos lembretes deda promessa que me fez no carro:
"Já tomou café da manhã?"
"Boa sorte na reunião de hoje."
"Tenta descans