Min-ho não parecia surpreso, e sim preparado, como se já esperasse aquele momento. Seus olhos passaram primeiro por mim, demorando um segundo a mais do que o necessário, antes de se voltarem para Lisa e Eleanor.
— Eu ouvi a gravação inteira, várias e várias vezes — disse, a voz baixa, mas firme, como quem carrega uma verdade perigosa nos lábios. — Cada palavra dele, cada ameaça. Ele deixou claro o que queria de você, Mi-Suk. E deixou claro o que pensa do bebê.
Engoli em seco, sentindo novamente o peso daquelas palavras cruas, mas, dessa vez, não estava sozinha.
Eleanor se inclinou para a frente, os olhos calculistas.
— Então você concorda com a gente. — não era uma pergunta, era uma constatação. — Temos a prova que precisamos.
— Temos. — Min-ho respondeu sem hesitar. — E não é qualquer prova. É direta, incontestável. Ele não só ameaçou Mi-Suk, como também deixou clara a tentativa de compra, a pressão psicológica... tudo.
Lisa apertou o punho sobre a mesa, os olhos faiscando de raiva.