Ao longo daquela semana, Amanda e Lucca viveram dias que pareciam tirados de um sonho. Não um sonho perfeito e inalcançável, mas um real, palpável, feito de momentos simples que, juntos, teciam uma felicidade intensa e silenciosa. As pequenas vilas que visitavam pareciam saídas de um cartão-postal, com suas ruelas de pedras irregulares, varandas floridas e moradores sorridentes. Passeavam de bicicleta entre os vinhedos sob um céu de azul generoso, e a brisa morna tocava os rostos como um sussurro de bênção.
À noite, jantavam em tavernas aconchegantes, iluminadas apenas por velas e pela esperança. Pratos simples, massas frescas, taças de vinho tinto, risadas abafadas entre goles e carícias discretas por debaixo da mesa. Amanda ria com os olhos. Lucca sorria com o coração. Cada toque nos dedos, cada olhar mantido por segundos a mais, era uma construção. Tijolo por tijolo. Um alicerce sólido de algo novo. Algo puro. Algo verdadeiro.
Naquela noite, porém, havia algo diferente no ar. Amand