48: Depois da Tempestade... A Eternidade
A luz da manhã na Toscana não tinha pressa.
Entrava pelas janelas como um convite doce, acariciando os lençóis, as paredes de pedra e os corpos ainda entrelaçados na cama. O silêncio do lugar era quase sagrado, quebrado apenas pela brisa suave e o som distante de pássaros.
Amanda despertou antes dele.
Estava deitada sobre o peito nu de Lucca, o rosto escondido na curva entre seu pescoço e ombro. O perfume dele — amadeirado, inconfundível — misturava-se ao cheiro da noite passada. Ela sorriu, ainda de olhos fechados, ao lembrar dos gemidos abafados, dos sussurros roucos e das promessas ditas com a boca colada à pele.
Lucca respirava profundo, os braços ainda ao redor da cintura dela, como se mesmo dormindo se recusasse a soltá-la.
Amanda levantou devagar, o corpo ainda sensível, levemente dolorido de tanto prazer. Vestiu a camisa dele — larga demais, macia, cheirando a café e desejo — e caminhou descalça até a varanda.
A vista era irreal: campos ondulantes, vinhas reluzentes, o céu abe