Enquanto Lucca enfrentava demônios silenciosos, Amanda estava a poucos quarteirões dali, sentada com Letícia em um café discreto, onde as janelas embaçadas pela chuva pareciam proteger segredos demais para uma manhã só.
Letícia chegou apressada, os olhos varrendo o ambiente como se cada cliente fosse um espião infiltrado. Sua tensão era quase palpável, e Amanda a sentiu imediatamente — como uma descarga elétrica que a fez sentar-se mais reta, mais alerta.
— Eu consegui mais coisas — Letícia sussurrou, empurrando uma pasta surrada pela mesa com as mãos trêmulas. — Documentos internos. Provas de que a Laura manipulou dados de uma concorrência na empresa antiga. Ela subornou uma funcionária pra sumir com um e-mail que comprometia tudo… uma auditoria inteira desapareceu por causa dela.
Amanda parou de respirar.
Seu corpo congelou, os olhos arregalados. Por um instante, o café desapareceu, o som ao redor virou ruído branco, e tudo que existia era aquela frase ecoando dentro de si como um g