A notícia explodiu como dinamite em plena segunda-feira.
"Executiva poderosa é alvo de investigação por fraude corporativa", estampavam os portais de finanças, seguidos por matérias ainda mais sensacionalistas nos sites de fofoca: "A Rainha de Gelo caiu?", "Laura Delmont sob investigação", "Vazamento de dados expõe segredos da alta cúpula empresarial".
O celular de Laura vibrava sem parar — notificações, ligações de repórteres, acionistas, conselheiros exigindo explicações. Mas ela não atendia ninguém.
Na sala de reuniões envidraçada do 38º andar, o silêncio era sepulcral até ser rasgado por um grito:
— QUEM ENTREGOU ISSO?! — Laura vociferou, a voz carregada de ódio e incredulidade. A garrafa de água em sua mão voou contra a parede e se espatifou, encharcando os papéis de um assessor que sequer ousava respirar.
Seus advogados, enfileirados à mesa, trocaram olhares nervosos, mas ninguém teve coragem de encará-la nos olhos.
— O que está acontecendo? — ela rosnava, passando as mãos pelo