Amanda ajeitou a mesa com carinho. Cada detalhe parecia sussurrar intenções: as velas lançando sombras macias, o jazz preenchendo o ar com um balanço suave e íntimo, o aroma envolvente da massa fresca cozinhando como um abraço invisível. Tudo simples. Tudo dela. Tudo para ele.
Ela não queria ostentar. Queria tocar. Despertar. Porque sabia que o amor, quando é de verdade, não precisa de cenário — apenas de presença.
Quando o interfone tocou às 19h59, o coração de Amanda saltou no peito com um misto de expectativa e nervosismo. Ela se viu sorrindo antes mesmo de abrir a porta.
Lucca estava ali. Impecável, mas com o olhar desarmado. Carregava um girassol — único, simbólico, intenso.
— Você disse que era um jantar especial… então trouxe o que me lembra você. Forte. Cheia de luz.
Ela pegou a flor como quem aceita mais do que um presente: aceitava o gesto, o olhar, o recomeço.
Ele entrou e, enquanto o ambiente o envolvia, era como se fosse tocado por ela em cada canto da casa. Tudo al