O relógio marcava 18h50 quando Amanda desceu do táxi em frente ao restaurante. O mesmo onde Lucca a chamou de esposa em público pela primeira vez — e onde, sem saber, ele começava a desarmá-la. O cheiro de manjericão fresco, o som abafado de talheres, a penumbra das luzes âmbar... tudo parecia suspenso no tempo, como se o universo esperasse para ver o que aconteceria naquela noite.
Amanda respirou fundo. O coração batia como tambor no peito. Vestia um vestido azul justo na medida, que marcava sua cintura e acariciava suas pernas quando andava. O cabelo solto caía em ondas suaves. Nada gritava por atenção — e ainda assim, ela estava hipnotizante. Verdadeira. Inconfundivelmente mulher.
Quando entrou, foi recebida com um sorriso discreto do garçom.
— A senhora Amanda? O senhor Lucca já está aguardando.
Ela assentiu. As pernas tremiam de leve, e não era de medo. Era desejo contido. Expectativa. Fome de resposta — e, talvez, dele.
Lucca se levantou ao vê-la. A camisa branca moldava o