A mansão estava mergulhada em um silêncio acolhedor quando Amanda saiu do banho, a pele ainda úmida sob o toque macio do roupão branco de algodão. O vapor da água quente parecia ter levado embora não só o cansaço, mas também parte das mágoas que há dias lhe pesavam nos ombros. Seus pés descalços tocaram o piso de madeira com leveza, mas por dentro, o coração pulsava num ritmo acelerado — não de medo, mas de desejo contido, de saudade acumulada.
As luzes estavam baixas. Uma brisa suave entrava pela janela entreaberta, carregando o perfume do jasmim que Amanda plantara no jardim meses antes. Era como se o ar da noite estivesse, de alguma forma, mais respirável.
Ela seguiu pelo corredor e parou diante do quarto de hóspedes. Lucca estava lá — onde tinha se exilado desde que Daniel invadira a casa e, sem querer, também o espaço entre eles.
Ele estava sentado à beira da cama, descalço, a camisa aberta revelando parte do peito, o olhar perdido entre o chão e as próprias dúvidas. Quando ouviu